Especial: Emissoras jornalísticas cobrem o 9 de julho paulista

Hoje é 9 de julho, feriado em todo o estado de São Paulo. A data relembra a Revolução Constitucionalista de 1932.  Com o feriado estadual a rotina operacional e comercial da maioria das rádios paulistas é alterada. As rádios mantêm a programação executada durante os dias úteis, porém as jornalísticas vão além: notícias pontuais sobre o feriadão e um pouco de história.  

Emissoras voltadas ao jornalismo, como a Jovem Pan AM 620, Bandeirantes AM 840 FM 90.9, Estadão ESPN FM 92.9 e AM 700, CBN FM 90.5 AM 780 e BandNews FM 96.9 estão executando flashes ao vivo sobre o movimento das estradas paulistas, informando os turistas que viajaram rumo ao litoral, interior ou outros estados. As movimentações em Aeroportos e rodoviárias também são acompanhadas pelas emissoras.

  O trânsito de antes e durante o feriado foi amplamente abordado pela SulAmérica Trânsito FM 92.1, rádio que tem a cobertura do tráfego como sua proposta de operação. Repórteres estiveram espalhados pela capital para informar as melhores rotas de saída de São Paulo, além de fornecerem dicas importantes para quem não deseja passar boa parte do feriado preso nas estradas.

  Nesse ano o feriado de 9 de julho caiu numa segunda-feira, despertando o interesse em viagens curtas nos paulistas residentes na capital e nos grandes centros urbanos do estado. Para quem está no interior, rádios em rede como BandNews, CBN, Jovem Pan, Bandeirantes e Estadão ESPN são opções para informações das estradas e possíveis destinos. Destaque para a Jovem Pan AM que possui mais de 40 afiliadas no estado de São Paulo. Além da cobertura do trânsito, as rádios também trabalham com a história, informando em detalhes aos ouvintes os motivos do feriado de 9 de julho em solo paulista.

Revolução constitucionalista de 32

O movimento cobrava a criação de uma Constituição e defendia o fim da intervenção do presidente na época, Getúlio Vargas, no governo paulista. Esse movimento arrebatou a população após quatro manifestantes terem sido mortos em protesto na sede do partido do ex-presidente no Centro da capital. As vítimas eram Martins, Miragaia, Drausio e Camargo, nomes que deram origem à sigla M.M.D.C, que batizou o movimento. Houve confrontos entre o governo brasileiro e o exercito paulista (que convocou de forma voluntária a população do estado).

  A Rádio Record AM 1000 de São Paulo, que comemorou seus 81 anos no ar no último dia 11 de junho, atravessou períodos importantes da história brasileira e mundial, como a Revolução de 1932. Na noite de 23 de maio daquele ano, ocorreram choques entre os manifestantes e os membros da Legião Revolucionária (transformada no Partido Popular Progressista, sob a licença de Miguel Costa).  

No confronto, que ocorreu em frente ao prédio onde se ficava a sede da emissora, na Praça da República, número 17, morreram, tragicamente metralhados, os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. As iniciais dos seus nomes inspiraram a criação da sigla "MMDC", que passou a ser o estandarte daquele movimento. O fuzilamento dos estudantes foi presenciado e narrado por César Ladeira, da sacada do prédio onde ficava a emissora.  

A Jovem Pan AM deve fazer um especial sobre o tema nesta segunda-feira. No material, será citado também que na época, a Rádio Record pertencia à família Carvalho, que comandou a emissora por vários anos.