Em agosto do ano passado, um fato pegou o mercado radiofônico de surpresa, principalmente o AM. Sem avisar, a direção da rádio Record AM 1000 de São Paulo anunciou uma reestruturação em sua programação e demitiu todos os profissionais que atuavam na rádio. Atualmente, vários deles já foram absorvidos pelo mercado e estão atuando em várias rádios de São Paulo.
Em nota assinada pelo assessor de imprensa da Rede Record, Maurício Storelli, a rádio informava apenas que a partir daquele sábado, dia 6 de agosto, a Record adotaria nova programação “por razões estratégicas, a emissora passa a transmitir música e informações jornalísticas.” Outro item que a nota citava era de que a mudança de trajetória visava atender as expectativas do mercado do rádio AM brasileiro.
Durante a programação da rádio da sexta-feira, todos os comunicadores que foram encerrando seus programas, se despediram dos ouvintes de forma emocionada. Porém, ninguém revelou detalhes sobre a demissão em massa que havia ocorrido na emissora. À época, a Record contava com nomes de peso do rádio brasileiro como Rony Magrini, João Ferreira, Gil Gomes, Leão Lobo, Paulo Barboza entre outros.
À época da mudança, a Record mantinha a quarta colocação no ranking de audiência, segundo o Instituto Ibope, com quase 35 mil ouvintes por minuto. No último resultado de audiência medido pelo Ibope e publicado pelo site Bastidores do Rádio, a Record tem 14.600 ouvintes por minutos. Apesar disso, a emissora está em quinto lugar, ficando entre as cinco rádios AMs mais ouvidas em São Paulo.
Apesar de ter adquirido o direito de transmitir com exclusividade os jogos olímpicos, a Rádio Record não participou das transmissões do evento. A Rede Record cobrou cerca de 800 mil dólares para que as rádios pudessem transmitir as competições. Mesmo com a exclusividade, a Rádio Record, que antes do encerramento mantinha uma equipe esportiva em parceria com a Transamérica FM 100.1, não utilizou a competição.
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