O 17º Congresso de Radiodifusão do Estado de São Paulo, realizado pela ontem pela Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Aesp), na sede da Fiesp, na capital paulista, reuniu um grande número de radiodifusores e profissionais da área, que discutiram o futuro do rádio no Brasil. Entre as presenças políticas, esteve o governador Geraldo Alckmin e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
O evento também marcou os 90 anos das transmissões de rádio no Brasil. A programação contou com debates sobre temas como a visão do Ministério das Comunicações sobre o rádio, o futuro do veículo e seu papel como prestador de serviço. Segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), a migração das emissoras AM para a faixa de frequência FM seria uma grande mudança no setor. "Isso é preservar a história do rádio e melhorar a qualidade tecnológica para beneficiar o ouvinte", revelou.
O Presidente da Aesp, Rodrigo Neves destacou que o encontro avaliou o momento positivo da mídia. “O rádio evoluiu nos últimos anos, saindo da sala das casas para plataformas como a internet. É o veículo de maior credibilidade, segundo pesquisas de opinião”, diz Neves.
Já o presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação, João Carlos Saad, exaltou a importância do segmento de trânsito. "Atualmente você tem trânsito carregado em tudo quanto é capital, mas as rádios comuns não conseguem prestar este serviço. Se você tiver diferentes horários, cada um escolhe o que quiser ouvir. O setor está bastante unido e lutando pelo que ele precisa para sobreviver", explicou.
Os jornalistas Milton Neves (Bandeirantes AM 840 FM 90.9), Haissen Abaki (Estadão ESPN AM 700 FM 92.9) e Eli Corrêa (Rádio Capital AM 1040) foram os convidados do debate Rádio: 90 anos de prestação de serviços. Milton destacou a importância do rádio na vida das pessoas, lembrando para o papel informativo no trânsito. “"As pessoas entram no carro e ligam o rádio, afinal é o recurso que tem para tentar minimizar o caos dos grandes centros, e não só em São Paulo, mas nas demais capitais brasileiras", salientou Milton.
Eli Corrêa, que começou seu discurso com o famoso "oi gente", também relembrou as primeiras oportunidades que teve em rádio e a importância do rádio como companheiro das pessoas. "Eu era muito pequeno, e ainda na escola vários professores diziam que eu tinha voz boa, até que eu comecei a falar no sistema de som das Casas Pernambucanas, onde eu trabalhava como empacotador. As coisas foram dando certo e hoje me sinto feliz pois consigo passar alegria e ser companheiro das pessoas", ponderou Eli Corrêa.
Haissem Abaki mencionou a interatividade da rádio com a internet, opinião corroborada por Milton Neves. "Hoje por exemplo, com o horário eleitoral, quando a propaganda política começa, continuamos informando atráves da internet", destacou Haissem
Outros debates foram realizados ao longo do dia. Após o governador Geraldo Alckmin, também discursaram o prefeito Gilberto Kassab e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, entre outros. O segundo, que contou com a presença de Mario Baccei, da Rádio Bandeirantes, abordou o tema "Rádio Hoje x Rádio em 2050".
No terceiro, integrantes da Bandeirantes (Frederico Nogueira), Globo (Liliana Nakonechnyl), Record (José Marcelo Amaral) e do Ministério das Comunicações (Dr. Genildo Lins), abordaram a TV Digital 2016. Após o debate em que Milton, Eli Corrêa e Haissem Abaki participaram foi a vez do Humor no Rádio, com os comunicadores da Transamérica FM 100.1 e Beto Hora, da Rádio Bandeirantes.
Com informações do site Band.com.br e Portal Terceiro Tempo
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