O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, visitou uma multinacional de eletrônicos no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, e voltou a afirmar que a escolha do padrão digital para o rádio será ainda neste ano. Dois modelos estão credenciados para adoção e em testes em várias emissoras do Brasil, o Rádio Digital Mundial (DRM), padrão aberto desenvolvido por um consórcio global, e o HD Rádio, padrão fechado usado nos Estados Unidos e no México.
A escolha do sistema de rádio digital a ser adotado no Brasil deve acontecer ainda este ano, de acordo com o ministro Paulo Bernardo, conforme matéria publicada pelo site Telesíntese. “Tomaremos a decisão este ano ainda, mas a transição do rádio analógico para o digital levará alguns anos. Existem 300 milhões de rádios analógicos no Brasil e precisamos garantir que as pessoas possam receber o sinal digital”, disse Bernardo, ao visitar a fábrica da Ericksson, em São José dos Campos.
No sistema americano, o HD Radio, também conhecido como Iboc, a transmissão do rádio digital é feita no mesmo canal de frequência AM ou FM, o que seria mais amigável ao hábito do usuário de rádio convencional. O alto custo da tecnologia aos pequenos radiodifusores, no entanto, é motivo de críticas. Para a escolha da tecnologia, o Ministério das Comunicações tem feito testes e debates.
Em entrevista à Abert na semana passada, Paulo Bernardo havia afirmado que a escolha do padrão digital de rádio a ser adotado no Brasil deverá ficar para o próximo ano, para evitar precipitação na análise da alternativa mais adequada ao mercado de radiodifusão. “Podemos adiar um pouco a decisão porque nós precisamos ter certeza do modelo a ser adotado, que ele seja viável do ponto de vista de todas as emissoras, não somente das grandes redes de rádio. Precisamos planejar também a transição para as pessoas. É muito bom que o Congresso nos passe o estudo que está sendo elaborado pela Subcomissão do Rádio, que está sendo elaborado na Câmara. Vamos chamar os radiodifusores, a indústria de rádio, precisa-se de recurso pra fazer essa transição, então tem que ter todo um planejamento, vamos viver por alguns anos com os dois sinais”, revelou o ministro na entrevista.
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