O deputado federal Sandro Alex (PPS/PR), membro da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara e relator da Subcomissão do Rádio Digital, preside nesta quarta-feira uma audiência pública para discutir o futuro do rádio AM no Brasil. A audiência vai contar com diversas autoridades do setor, além de membros das empresas que estão disputando o padrão de digitalização que será adotado no Brasi.
Entre os assuntos que serão discutidos estão o futuro do Rádio AM e a digitalização da radiodifusão. O encontro será realizado a partir das 14h30 no Plenário 13. Foram convidados o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o presidente da ABERT, Daniel Slaviero, o presidente da Ibiquity Digital Corporation, Roberto Struble, e a presidente do Consórcio DRM, Ruxandra Obreja.
Outros convidados são Takashi Tomé, pesquisador do CPqD, Marco Túlio Nascimento, gerente geral de Tecnologia do Sistema Globo de Rádio, João Carlos Saad, presidente da Associação Brasileira de Radiodifusores, Orlando Guilhon, vice-presidente da Associação das Rádios Públicas do Brasil, e André Felipe Seixas Trindade, engenheiro de Comunicações da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel).
No encontro do Conselho Consultivo do Rádio Digital - que é formado por representantes do governo federal, do Congresso Nacional, do setor de radiodifusão e da indústria -, os engenheiros afirmaram que, dependendo do porte da emissora e do nível de modernização que se deseja alcançar, o valor inicial da digitalização poderá oscilar entre R$ 20 mil e R$ 300 mil, isso já considerando estimativas de preços de equipamentos da indústria nacional. No período do simulcasting, a conta de energia de cada rádio poderá chegar até 110% mais cara que a média de valor pago atualmente, de acordo com o engenheiro do ministério.
Com relação aos desempenhos dos sistemas, o engenheiro do Minicom, Flávio Lima, disse que é um erro traçar uma relação direta na análise dos dados. A questão é muito mais profunda do que se imagina, avaliou. “Não adianta falar que um serviço que opera em 100 kilobytes por segundo é melhor do que o que opera em 30. Existe uma reflexão técnica que vai além da largura de banda e da taxa de transmissão. Essa inclusive é uma outra falha violenta que vemos nos congressos de radiodifusão digital”, declarou.
A próxima reunião do conselho consultivo está marcada para a próxima sexta-feira, 7 de dezembro, e contará com um debate com representantes dos sistemas DRM e HD Radio. O encontro seguinte, no dia 13, terá a participação de pesquisadores do Rio de Janeiro que trabalham na aplicação do middleware Ginga no rádio digital. “Estamos levantando as questões que ainda precisam ser estudadas. Esse é o momento para se pensar a parte técnica, mas não podemos nos esquecer das outras questões envolvidas, como serviços, produção tecnológica, aspectos econômicos e diplomáticos. Ainda temos muita coisa para discutir”, afirma a coordenadora-geral de Avaliação de Outorgas substituta, Elza Fernandes.
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