A Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo promoveu na quarta-feira, o 1º Seminário de Integração Comercial do Rádio. Um grande público acompanhou os painéis ministrados por representantes de vários órgãos ligados à comunicação. Em um dos painéis mais esperados, o representante do Conselho Executivo das Normas-Padrão (CENP) disse que o rádio chegará ao final de 2013 com novo posicionamento no mercado publicitário, consolidando-se como veículo multimídia e avançando na conquista dos 10% de share superando os atuais 4%.
No primeiro painel, "Importância da Padronização da Linguagem Comercial do Rádio", Ênio Vergueiro (APP), Cristina da Hora (GPR), Caio Barsoti (CENP) e o presidente da AESP, Rodrigo Neves, manifestaram-se a favor de uma política de preços mais qualificada, que valorize as mudanças pela quais o meio passou com a evolução tecnológica na mensuração de resultados: "Práticas como as atuais não são aceitas por essa diretoria", reforçou Neves. A burocratização que emperra a agilidade comercial foi outro tema amplamente debatido, no qual o papel e honorários de agências foram avaliados.
Neves aproveitou para pedir a mobilização de todos na votação da Flexibilização do horário da Voz do Brasil, que deve acontecer nesta terá-feira, dia 11, e que vai favorecer a performance comercial do rádio, além de prestigiar os ouvintes, obrigados a ouvir o programa em horário nobre, geralmente no rádio do carro, durante percurso de volta para casa no pico do trânsito. Nessas condições, o jornalismo de prestação de serviços pode ser muito útil e a programação musical pode entreter. Neves diz que 80% da bancada deverão votar pela flexibilização, mas a adesão tem que ser cobrada junto aos deputados.
Na sequência, Caio Barsote, da CENP, falou sobre o código de ética e a defesa, não de agências, mas de modelos de negócios que proporcionem mais eficiência comercial aos veículos, condenando a entrada de "birôs" no mercado. O painel seguinte, muito esperado por todos, falou sobre estratégias para alcançar 10% de share, contra os atuais 4%, o que implicará mudança da mensuração de resultados.
“O sistema atual está ultrapassado, não considera o perfil multimídia do veículo”, ponderou o presidente da AESP. Acácio Costa (Rádio Estadão/ESPN FM 92.9 AM 70 e Eldorado FM 107.3), Álvaro Leopoldo e Silva Filho (Jovem Pan AM 620 FM 100.9), Bruno Thys (Sistema Globo de Rádio), Mário Baccei (Grupo Bandeirantes de Rádio), Newton Gaigher (Transamérica FM 100.1) e Luiz Casali (AESP) conduziram a acalorada exposição, que teve como principal meta determinar novos rumos para este desafio do rádio.
O palestrante Walter Longo encerrou as atividades do dia falando sobre a empresa do futuro e as oportunidades para ampliar chances de sucesso. O encontro foi muito elogiado por todos os presentes e contou com a participação ativa e interessada de todo o grupo.
Tags:
Aesp, encontro, radiodifusão, Fiesp, São Paulo