O açougueiro Marcos Vinícius Pereira Xavier, conhecido como Marquinhos,e suspeito de ser o executor do cronista esportivo Valério Luiz da rádio Jornal AM 820 de Goiânia, mudou nesta quarta-feira a versão sobre a participação dele no crime, que aconteceu em 5 de julho do ano passado, em na capital de Goiás. No novo depoimento à Polícia Civil, que durou quase 4h, ele afirma que quem matou o radialista foi um cabo da Polícia Militar, e não ele, como havia declarado na última sexta-feira.
O policial apontado pelo açougueiro como executor do crime já está preso por participar de uma chacina em novembro de 2011 no Jardim Olímpico, em Aparecida de Goiânia. Na ocasião, seis pessoas foram assassinadas, dentre elas a menina Izadora, de 4 anos. A titular da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, Adriana Ribeiro, deve ouvir o cabo ainda nesta quinta-feira.
“Estou colaborando 100% com as investigações. Tudo que eu sabia eu já falei. Eu já confirmei que participei do crime, mas não atirei no Valério Luiz”, ressaltou Marquinhos em entrevista coletiva. Adriana Ribeiro contou que o suspeito foi visitado por vários advogados. “Ele recebeu a visita de cinco ou seis advogados que ele nem sabe o nome. A pressão para mudar a versão apresentada é grande”, disse a delegada.
O pai de Valério Luiz, Manoel de Oliveira, concorda que o açougueiro esteja sofrendo muita pressão. "Tenho certeza absoluta que ele participou do crime", afirmou o radialista. "Será uma grande surpresa se não foi ele o executor", completou o pai da vítima.
Marcos Vinícius foi detido na última sexta-feira com outros dois suspeitos, o responsável por contratar a morte de Valério Luiz e um policial militar que estaria atrapalhando as investigações. No sábado (2), o empresário e ex-dirigente do Atlético Clube Goianiense, Maurício Sampaio, também foi preso. O então executor confesso do radialista tinha afirmado em depoimento que o empresário foi o mandante do crime, versão sustentada por ele no novo interrogatório.
O radialista Valério Luiz, de 49 anos, foi assassinado há sete meses, em 5 de julho do ano passado, quando saía da rádio, no Setor Serrinha, em Goiânia. Segundo as investigações, uma moto se aproximou e disparou vários tiros contra a vítima. A Polícia Civil acredita que a morte do radialista esteja relacionada às críticas que ele fazia ao Atlético-GO, principalmente as direcionadas ao então vice-presidente do clube, Maurício Sampaio. Por causa delas, em meados de junho a direção do time encaminhou uma carta às emissoras em que Valério trabalhava, a rádio Jornal e a PUC TV, proibindo a entrada de equipes de reportagem nas dependências do clube rubro-negro.
Com informações do G1
A reprodução das notícias e das pautas é autorizada desde que contenha a assinatura 'tudoradio.com'
Tags:
Rádio Jornal, assassinato, suspeitos, cronista, Goiânia