O radialista Rodrigo Neto, que desempenhava a função de repórter policial na rádio Vanguarda AM 1170 de Ipatinga, na região conhecida como Vale do Aço, no interior de Minas Gerais, foi morto com tiros na madrugada desta sexta-feira. Além da rádio, o repórter também atuava pelo jornal Vale do Aço.
De acordo com as informações do jornal, Neto recebeu dois tiros, sendo um na cabeça e um no peito. Ele tinha recebido várias ameaças de morte e tinha a certeza de serem motivadas por sua atividade profissional. O repórter apresentava há anos o programa "Plantão Policial", na Vanguarda AM e havia retornado para o jornalismo impresso, no caderno de polícia do Vale do Aço, há cerca de uma semana. Também bacharel em Direito, ele se preparava para prestar concursos públicos. Seu objetivo era ser delegado.
Segundo o jornal, o jornalista e um colega estavam em um churrasquinho famoso no bairro Canaã, local que ele costumava frequentar. Quando Neto abria a porta de seu automóvel, dois homens em uma motocicleta, usando luvas e capacetes fechados, se aproximaram e dispararam. O repórter recebeu dois tiros de uma arma calibre 38, um na testa e um no peito.
Ele chegou a ser socorrido com vida e foi levado para o Hospital Municipal de Ipatinga, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O jornalista era casado e deixa um filho. "O Rodrigo sempre se pautou por ser um jornalista muito incisivo", afirmou um colega da imprensa local, que preferiu não se identificar. "Sempre foi um repórter investigativo muito contundente", acrescentou.
Segundo ele, Neto tinha uma característica que o diferenciava. "Ele acompanhava o desenrolar dos fatos. Geralmente, o repórter faz o factual e esquece. Ele não. O Rodrigo tinha uma agenda muito boa, fazia uma ótima apuração. Esse diferencial incomodava muita gente", relatou.
Neto recebia ameaças há muito tempo e teria relatado várias vezes. Telefonemas e pessoas o vigiando em locais públicos foram levados ao conhecimento do Ministério Público e do Judiciário. "Fica a sensação de insegurança", comenta. "Não mataram só um cidadão, mas um profissional da imprensa. Deram um tiro na liberdade de expressão", denuncia.
A imprensa local pede que seu assassinato seja investigado e esclarecido com rapidez, empenho e dedicação. Neto será velado às 15h na capela do Cemitério Senhora da Paz. O sepultamento acontece no sábado (9/3), às 10h, no mesmo local.
Com informações do Portal Imprensa
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