O Instituto Ibope Media divulgou o resultado de uma pesquisa que aponta que a audiência das rádios FMs aumentou 14% nos últimos oito anos. Segundo o instituto, o tempo que o brasileiro gasta ouvindo rádio também teve um pequeno crescimento desde 2006. O veículo, de acordo com o Ibope, continua sendo um dos preferidos da população.
O levantamento realizado pelo Ibope Media abrange o período de 2006 a 2013 e apontou que a audiência do FM no Brasil cresceu 14%. A pesquisa mostrou ainda que o tempo médio gasto pelo ouvinte no consumo do meio nas frequências AM e FM também aumentou. De 254 minutos dispendidos em 2006, os ouvintes passaram a gastar 264 minutos em 2013, número que representa um crescimento de 4%.
Quando considerado exclusivamente o consumo de rádio AM, o aumento no tempo médio de audição é de 20%, com 202 minutos dispendidos em 2006 e 244 minutos em 2013. Na comparação entre os períodos, o tempo gasto exclusivamente com audição de rádio FM cresceu 8%, com 234 e 253 minutos, respectivamente.
O Ibope Media também pesquisou o alcance médio das rádios, que mostra com mais fidelidade o número de ouvintes que a emissora alcança. Neste quesito, a rádio FM se manteve estável entre 2013 e 2006 (87,55% e 87,57% respectivamente).
A pesquisa Easymedia teve a abrangência de nove mercados - Distrito Federal, Grande Belo Horizonte, Grande Curitiba, Grande Fortaleza, Grande Porto Alegre, Grande Recife, Grande Rio de Janeiro, Grande Salvador, Grande São Paulo. Sexo ambos - todos os dias - todos os locais. Períodos de campo: jan a mar/06 - jan a mar/13.
No final do ano passado, o Instituto Ipsos Sensos divulgou um estudo mostrando que 74% dos entrevistados garante ouvir rádio frequentemente. De acordo com aplicações do estudo, que foi realizado em 13 mercados brasileiros, isso equivale a um contingente de mais de 37 milhões de pessoas. Outro ponto de destaque foi a difusão do meio entre todas as classes sociais. Os ouvintes de rádio no Brasil pertencentes às classes A e B representam praticamente o mesmo percentual dos ouvintes das classes C (42% o primeiro grupo e 46% o segundo grupo).
Entre os ouvintes, as mulheres são a maioria: 52% contra 48%. Pelo corte de classe social/idade, o maior percentual de ouvintes está na faixa entre 25 e 34 anos, nas classes A ou B. Desses entrevistados, a maior parte consome rádio para passar o tempo livre, ouvir programas específicos ou simplesmente para se distrair.
Os números mostraram também que o meio continua consumido em paralelo com outras atividades rotineiras. As pessoas ouvem rádio enquanto arrumam a casa, fazem refeições, dirigem, trabalham, etc. Apesar da difusão das plataformas móveis, a maior parte das pessoas (81%) ainda prefere ouvir rádio em suas casas. Em seguida, aparece o carro (com 15%), o local de trabalho (com 9%) e ao ar livre (com 2%).
Nessa parte do estudo, já foi possível perceber a influência das mídias móveis. Das pessoas que ouvem música ao ar livre, 83% o fazem via celular. Parte de quem ouve música no ambiente de trabalho, também o faz pelo telefone celular (20%).
O estudo do Ipsos Marplan também mensurou o consumo de rádio em 13 capitais brasileiras. Pelos resultados, Porto Alegre lidera o ranking (81% da população da capital do Rio Grande do Sul consome a mídia com frequência). Em seguida, aparece a Grande Recife (78%), Grande Curitiba e Grande Rio de Janeiro (ambas com 77%), Grande Belo Horizonte (75%) e Interior e Grande São Paulo (73% cada).
Vale ressaltar a proximidade entre o porcentual entre os mercados, que é de 8%, entre a primeira colocada e a última. Porém, em números absolutos, a tendência é que a região da Grande São Paulo e interior do estado – que contam com 73% - seja a maior de todas, devido ao número de habitantes. É importante destacar que o meio rádio ainda conta com grande receptividade nas maiores regiões do país.
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