A direção da rádio Guaíba AM 720 FM 101.3 de Porto Alegre reuniu seus colaboradores na semana passada para apresentar sua estratégia de divulgação da sua marca com o intuito de se reposicionar no ranking de audiência da capital gaúcha. A direção da emissora informou que vai fazer investimentos para divulgar a marca da rádio.
O diretor da emissora, Maurício Albuquerque, conduziu o primeiro momento do encontro, exaltando a tradição e importância do veículo no Rio Grande do Sul. Segundo ele, a ideia é que toda equipe mantenha a mesma linguagem. “Temos que espantar os fantasmas que nos rondam. Não há nenhuma intenção de vender a rádio, como muitos dizem por aí. Pelo contrário, há uma reestruturação de todo o Grupo Record, que inclui a Guaíba”, garantiu.
Entre os participantes da reunião estava o jornalista Milton Jung, que foi convidado para falar sobre o sentimento de estar na emissora há 56 anos – ele se destacou como narrador de futebol e apresentador de radiojornal. De acordo com o comunicador, houve um tempo em que ninguém precisava de área comercial, pois todo mundo queria comprar espaço. “O rádio não mudou tanto, apenas agregou tecnologia. Os Guaibeiros são como torcedores. Temos uma audiência cativa, é questão de tradição, passa de geração para geração”, exaltou o locutor mais antigo da empresa.
Maurício retomou a palavra salientando que os rumores de demissões na equipe “não são nada além de necessidades”. “Para a máquina funcionar, ela precisa ser atualizada, isso significa dispensar pessoas, quando necessário, e contratar outras”, explicou. Ele encerrou sua explanação questionando: “Quem somos? E onde queremos chegar? Essas devem ser as perguntas norteadoras para nós. E eu sei bem aonde a gente vai chegar”, afirmou, no intuito de motivar os presentes.
Conforme o diretor comercial da Guaíba, Armando Job, as ações previstas são de longo prazo, “quase dogmas que teremos a partir de agora”. Com um breve contexto histórico da comunicação no Estado e do próprio Grupo Caldas Jr. (nome anterior à aquisição pelo Grupo Record), o executivo apresentou dados de uma pesquisa feita pelo Ibope, na qual é traçado o perfil do ouvinte da rádio.
Segundo os números, os chamados ‘Guaibeiros’ são representados por 48% de mulheres e 52%, homens. No quesito classe social, ela é mais ouvida pelas classes A e B, e, no quadro geral, 82% do público é feito de pessoas com mais de 40 anos. “Temos que nos assumir como emissora segmentada. Os veículos sofrem com ausência de um planejamento de mercado. Não sabem com que público estão falando. Nós já sabemos: queremos ser a primeira rádio adulta, classe A e B, de News e Entretenimento”, concluiu.
De acordo com o diretor comercial, investimentos estão sendo planejados como ações de longo prazo. Com base em números apontados pelo Ibope, o executivo explicou que é necessário um planejamento de mercado, para que a Guaíba alcance seus objetivos: “Queremos ser a primeira rádio adulta, classe A e B, de News e Entretenimento”, disse Job durante reunião realizada nesta quinta-feira, 4, com colaboradores e dirigentes da empresa.
A emissora também planeja assumir a posição de “tradicional, mas nunca velha”, e atuar com mais ênfase nas entidades representativas do mercado, como Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e TV (Agert) e Associação Riograndense de Imprensa (ARI), entre outras. Na área de marketing, a Guaíba deverá se concentrar em ações como padronização do material gráfico, contratação de uma agência de propaganda e realização de pesquisa qualitativa e de monitoramento da concorrência.
Entre as ações pontuais está a criação de comitês, conforme explica Job: “Será um editorial, um de clientes e outro de ouvintes. Todos têm muito a nos dizer”. Segundo ele, a empresa investirá ainda em redes sociais, política de qualidade, posicionamento editorial, readequação do Estúdio Cristal e uma unidade móvel, entre outros aspectos.
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Com informações do Coletiva.net
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