Os paulistas comemoraram hoje a Revolução Constitucionalista de 1932, considerada a principal data da história do Estado de São Paulo. As rádios Bandeirantes AM 840 FM 90.9 e a Jovem Pan AM 620 fizeram coberturas dos eventos que ocorreram na manhã desta terça-feira na capital paulista. Em anos anteriores, as emissoras produziram especiais para retratar o momento vivido pelo país naquela época.
A Revolução Constitucionalista foi um movimento que cobrava a criação de uma Constituição e defendia o fim da intervenção do presidente na época, Getúlio Vargas, no governo paulista. Esse movimento arrebatou a população após quatro manifestantes terem sido mortos em protesto na sede do partido do ex-presidente no centro da capital paulista. As vítimas eram Martins, Miragaia, Drausio e Camargo, nomes que deram origem à sigla M.M.D.C, que batizou o movimento. Houve confrontos entre o governo brasileiro e o exército paulista (que convocou de forma voluntária a população do estado).
A Rádio Record AM 1000 de São Paulo, que comemorou seus 82 anos no ar no último dia 11 de junho, atravessou períodos importantes da história brasileira e mundial, como a Revolução de 1932. Na noite de 23 de maio daquele ano, ocorreram choques entre os manifestantes e os membros da Legião Revolucionária (transformada no Partido Popular Progressista, sob a licença de Miguel Costa).
No confronto, que ocorreu em frente ao prédio onde se ficava a sede da emissora, na Praça da República, número 17, morreram, tragicamente metralhados, os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. As iniciais dos seus nomes inspiraram a criação da sigla "MMDC", que passou a ser o estandarte daquele movimento. O fuzilamento dos estudantes foi presenciado e narrado por César Ladeira, da sacada do prédio onde ficava a emissora.
A 9 de julho de 1932 eclodiu na capital paulista a Revolução Constitucionalista, liderada pelo general Isidoro Dias Lopes, o mesmo do levante de 1924. Contando com a participação de vários remanescentes do movimento de 1930, como os militares Bertoldo Klinger e Euclides Figueiredo, a revolução contou com amplo apoio dos mais diversos segmentos das camadas médias paulistas. O movimento contou com o apoio de várias rádios no estado, que convocavam os paulistas para participar do levante.
Isolado, o movimento fracassou. Em 1º de outubro de 1932 foi assinada a rendição que pôs fim à Revolução Constitucionalista. Enquanto os principais líderes tiveram seus direitos políticos cassados e foram deportados para Portugal, o general Valdomiro Lima – gaúcho e tio de Darcy Vargas, mulher de Getúlio – era nomeado interventor militar em São Paulo, cargo em que permaneceria até 1933.
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