A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) aprovou ontem o requerimento apresentado pela deputada federal Luiza Erundina, para a realização de uma audiência pública para a discussão do relatório final sobre o modelo de rádio digital que deverá ser adotado no Brasil. Apesar da aprovação, a comissão ainda não definiu a data para a realização da audiência.
A deputada solicitou a realização da audiência pública para debater o relatório final Subcomissão Especial de Rádio Digital. O documento é destinado a estudar e avaliar o modelo de rádio digital a ser adotado no Brasil, que foi apresentado no final do mês passado pelo relator, deputado federal Sandro Alex.
No relatório final, Sandro Alex indicou o modelo norte-americano HD Radio como padrão. “O modelo americano tem uma larga vantagem em relação ao modelo europeu em FM, tanto em receptores quanto na integração com outras tecnologias, como os celulares”, apontou Sandro Alex.
Na apresentação do relatório, Sandro Alex lembrou que a subcomissão realizou viagens e debates em audiências públicas sobre o sistema de rádio digital. Primeiro, os parlamentares foram aos Estados Unidos, em outubro de 2011, para conhecer o modelo americano. Em 2012, foi a vez da Alemanha, onde analisaram o sistema de DRM (gerenciamento de direitos digitais), com a finalidade de verificar estágio e tecnologias, para adoção no Brasil.
A conclusão dos trabalhos da subcomissão, disse o deputado, leva à implantação no Brasil do sistema HD Rádio, de origem americana. “Entretanto, não é aconselhável que as emissoras brasileiras fiquem adstritas a um único modelo de negócios e a uma só tecnologia. Dessa forma, as emissoras de ondas médias, curtas e tropicais poderiam adotar outro sistema que contemplasse essas faixas”, ponderou.
Por isso, disse, o Brasil não deve adotar um modelo exclusivo. Os países de origem dos sistemas, de acordo com o parlamentar, não procedem dessa forma. O ideal, defendeu Sandro Alex, é permitir que as emissoras adotem os parâmetros que melhor atenderem às suas características e às expectativas dos ouvintes, “que é o nosso principal objetivo, pois a digitalização do rádio representa não só uma nova oportunidade de negócio para as emissoras, mas também a oportunidade de desenvolvimento de políticas públicas inovadoras”.
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Digitalização, migração AM, ministro Paulo Bernardo, Rádio, Brasília