Segunda-Feira, 06 de Janeiro de 2020 @ 07:34
São Paulo - Norte-americanos passam mais tempo consumindo rádio do que conectados à serviços de streaming de vídeo na TV
A Nielsen, principal instituto de medição de consumo de mídia nos Estados Unidos, publicou uma série de artigos sobre as tendências de consumo de plataformas para 2020 naquele país. E na área dedicada ao rádio, a Nielsen destacou a resiliência do veículo, este que segue na liderança do consumo de mídia semanal nos Estados Unidos. O instituto chamou a atenção para o tempo dedicado ao rádio, na comparação com o vídeo (que vive uma guerra entre os serviços de streaming), além de destacar a necessidade de se acompanhar a evolução no consumo dos formatos de rádio. Acompanhe:
Segundo a Nielsen, os adultos com 18 anos ou mais (mercado dos Estados Unidos) passam quase 12 horas semanais consumindo rádio (11 horas e 51 minutos em 2019). Para se ter uma ideia do tamanho dessa audiência, o instituto comparou o número com o tempo gasto por esse mesmo público com seus dispositivos conectados à TV (Netflix, Amazon Prime, YouTube, entre outros formatos de vídeo por streaming), valor que está em 5 horas e 51 minutos semanais.
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"Em meio à enxurrada de manchetes da mídia sobre a crescente profundidade do mercado de streaming de vídeo, é fácil que outras opções de mídia se percam na fanfarra. No entanto, com o aquecimento das guerras do streaming, é importante ter em mente quanto tempo os consumidores estão gastando com diferentes opções de mídia", destaca a Nielsen em seu relatório de tendências para 2020.
A Nielsen ainda destaca que o volume de quase 12 horas de consumo semanal do rádio nos Estados Unidos "são quase quatro horas a mais do que um dia de trabalho típico".
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A importância dos formatos
Em seu relatório, a Nielsen também destaca que "mas não basta apenas saber quanto tempo as pessoas passam com o rádio. Aproveitar as oportunidades com a mídia eletrônica original depende de saber quem está ouvindo o que, onde e quando".
A Nielsen destaca em seu relatório a manutenção da liderança do formato jornalístico de rádio, situação mantida nos Estados Unidos por quase uma década. E a tendência é de crescimento para o formato, já que os Estados Unidos contará com uma eleição presidencial no horizonte.
O instituto também chama a atenção para os avanços de formatos como o adulto-contemporâneo, este que não para de evoluir, enquanto o Country (outro formato popular de rádio nos Estados Unidos) está em declínio. "Entre os ouvintes mais jovens, o Pop Contemporary Hit Radio (CHR) e o Urban Contemporary são as escolhas mais populares, enquanto AC e Pop CHR são os dois principais gêneros entre a multidão de 25 a 54 anos", destaca o instituto.
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Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.