Sexta-Feira, 09 de Agosto de 2024 @ 09:12
São Paulo - Crescimento foi significativo na participação de minorias e mulheres, especialmente no setor de rádios comerciais
A imprensa especializada na cobertura do setor repercutir nesta semana que a força de trabalho de minorias no rádio dos Estados Unidos alcançou 21,5% — o maior nível já registrado, superando o recorde anterior de 17,8%, estabelecido em 2022. Os dados são do mais recente levantamento realizado pela RTDNA em parceria com a Escola Newhouse da Universidade de Syracuse. Há uma tendência crescente por diversidade nas equipes de rádio nos principais mercados globais, seguindo tendências vistas também em outros setores econômicos.
A pesquisa aponta que todos os grupos minoritários atingiram patamares históricos, com exceção dos nativos americanos, cujo número apresentou uma leve queda. Segundo os autores do estudo, os professores Bob Papper e Keren Henderson, a maior mudança observada neste ano ocorreu no rádio comercial, onde a participação de minorias saltou de 9,8% no ano passado para 19,4% em 2024. No rádio não-comercial, o índice de minorias subiu ligeiramente, passando de 23,2% para 23,5%.
De acordo com a reportagem do portal Inside Rádio, especializado na cobertura da indústria de rádio nos EUA, ainda que os autores não consigam explicar completamente o aumento significativo nas estações comerciais, o crescimento é evidente e representa um avanço na inclusão e diversidade no setor.
+ Rádio tem ampla liderança no tempo dedicado ao consumo de áudio com anúncios
No que diz respeito ao jornalismo de rádio, os homens tradicionalmente superavam as mulheres em cerca de 50%. No entanto, essa diferença está diminuindo. Atualmente, os homens representam 57,4% da força de trabalho, enquanto as mulheres ocupam 42,6%. Essa nova distribuição reflete uma queda de 4 pontos percentuais para os homens e um ganho de 4 pontos para as mulheres, de acordo com os dados repercutidos pela imprensa especializada.
Especificamente entre os homens brancos, a disparidade em relação às mulheres ainda é notável segundo as reportagens sobre o assunto, com uma distribuição de 61,6% para homens e 38,4% para mulheres — uma mudança de 3 pontos percentuais para ambos os grupos. Entre outros grupos raciais e étnicos, as mulheres já superaram os homens. Mulheres hispânicas representam 54,7%, em comparação com 45,3% de homens hispânicos. Entre os afro-americanos, as mulheres lideram com 57,5% contra 42,5% dos homens. Mulheres asiático-americanas apresentam uma diferença ainda maior, com 64,2% em relação aos 35,8% dos homens. No grupo de nativos americanos, as mulheres somam 55,6%, enquanto os homens representam 44,4%.
Esses números indicam uma mudança significativa no perfil da força de trabalho nas rádios dos Estados Unidos, com uma participação cada vez maior de minorias e mulheres no setor, seguindo uma tendência que tende a ser vista em diferentes setores econômicos norte-americano e também em países da União Europeia.
Relacionadas:
> Rádio FM/AM segue na liderança do consumo de áudio nos EUA, mas consumo está ainda mais fragmentado
> Rádio AM/FM supera o áudio digital em alcance diário nos Estados Unidos, revela estudo
> Formatos de rádio em alta: como as tendências dos EUA podem ser lidas no Brasil
E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
Recomendamos:
> Veja aqui mais notícias sobre o atual momento do rádio em diferentes países
> Confira também as principais tendências para o setor de rádio e tecnologia