Estudo da Audacy destaca como autenticidade do rádio potencializa performance publicitária

A Audacy, uma das principais operadoras de rádio dos Estados Unidos, apresentou nesta quarta-feira (5) novos insights sobre o impacto da relação entre comunicadores e ouvintes na eficácia publicitária. A iniciativa faz parte da nova fase do State of Audio Fall Report, estudo que tem como objetivo analisar tendências no consumo de áudio e seus efeitos comerciais. Entre os destaques está o conceito de “creator effect”, que aponta o rádio e os podcasts como ambientes de confiança e engajamento profundo, com potencial superior ao das mídias sociais. Os dados colaboram com outras pesquisas e debates realizados no setor nesses últimos dias, como o fato de especialistas reforçarem que os comunicadores são diferenciais competitivos do rádio e alertam para riscos de cortes em equipe,

Durante transmissão ao vivo promovida pela Audacy, participaram a Chief Marketing Officer Jenny Nelson, o Chief Programming Officer Jeff Sottolano e a SVP de Marketing de Consumo Moira Curran. O grupo enfatizou que, diferentemente de redes sociais impulsionadas por algoritmos, o áudio estabelece vínculos duradouros por meio da presença constante de apresentadores na rotina dos ouvintes.

“Criadores de conteúdo em áudio constroem comunidades fiéis ao longo do tempo, em interações de 30 minutos ou mais por dia. Poucas plataformas conseguem isso”, afirmou Jenny Nelson. Segundo ela, a confiança gerada nessa relação se converte em performance publicitária acima da média.

Jeff Sottolano reforçou o impacto emocional do formato. “O áudio atinge as pessoas em momentos vulneráveis e íntimos, como ao acordar, dirigir ou se exercitar. A ciência já comprovou que a conexão física entre o fone de ouvido e o cérebro gera empatia e maior poder de persuasão”, explicou o executivo.

Dados internos da Audacy apontam que 74% dos ouvintes já adquiriram produtos após ouvir um anúncio lido por apresentadores. Esse tipo de inserção promove um aumento de 50% na intenção de compra e recomendação, em comparação com peças pré-gravadas. “Quando um comunicador recomenda algo, não soa como um anúncio. É um conselho pessoal de alguém em quem o público confia”, destacou Sottolano.

O modelo também tem gerado novas estratégias de inserção comercial, como a “cinematic hostry”, termo usado por Moira Curran para descrever ações de storytelling imersivo com marcas. Um exemplo citado foi a parceria entre a Atlassian e o podcast Severance, que incluiu vozes de Ben Stiller e Adam Scott em uma narrativa ambientada no universo ficcional da série, antes de apresentar a mensagem da marca.

Sottolano também citou o caso da SportsRadio 94 WIP, da Filadélfia, como exemplo da influência do rádio esportivo. Em 2023, comunicadores da estação iniciaram uma campanha espontânea para que torcedores ovacionassem o jogador Trea Turner, dos Phillies, em má fase. A ação viralizou, ganhou repercussão nas redes sociais e foi destaque em um documentário da Netflix.

Questionado sobre o uso de inteligência artificial, o executivo esclareceu que a Audacy utiliza IA apenas para otimização operacional. “Não temos qualquer plano de usar vozes sintéticas no ar. Estamos vivendo a era do conteúdo artificial. A autenticidade será nosso diferencial”, finalizou.

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E por qual razão olhar para lá fora?

O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.

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Mesa de áudio / depositphotos.com

Com informações do portal Radio INK