Paulito fala dos próximos passos da migração AM-FM após as assinaturas dos contratos
O presidente da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP) Paulo Machado de Carvalho Neto (Paulito), concedeu entrevista exclusiva ao tudoradio.com durante a cerimônia de assinatura das rádios migrantes AM-FM, que ocorreu na sexta-feira (23 de junho), no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista. Paulito falou sobre os próximos procedimentos que as emissoras que assinaram a documentação devem adotar, entre outros assuntos.
Próximos passos da migração após a assinatura do termo
Segundo Paulito, após a assinatura do Termo Aditivo de Adaptação de outorga de AM para FM, as rádios devem apresentar os projetos técnicos ao MCTIC e, com uma cópia e o protocolo, solicitar o uso de radiofrequência junto à Anatel. Após a publicação do ato no Diário Oficial da União o radiodifusor estará apto para colocar a rádio no ar. “É um grande passo dado pela radiodifusão paulista e brasileira, pois hoje completa 550 emissoras que migraram. Temos que tocar o rádio para frente, pois é o grande meio de comunicação deste país”, ressaltou Paulito.
O presidente da AESP também falou sobre as emissoras que ainda não conseguiram participar da cerimônia de assinatura na última sexta-feira. “Essas rádios terão outras oportunidades assinar. O MCTIC vai abrir novas oportunidades para essas rádios que, por um motivo ou outro, não conseguiram estar aqui hoje”, comentou.
Dial estendido
Outro assunto tratado na entrevista foi a liberação do dial estendido no estado de São Paulo, já que em algumas regiões já houve o desligamento do sinal analógico da TV, como na Grande São Paulo e região de Campinas. “O MCTIC fala que é preciso terminar toda a migração da TV para o digital. Mas nós não concordamos com isso que iremos tentar agilizar a liberação e antecipar os prazos, já que eles são muito importantes para nós”, enfatizou.
Uma preocupação dos radiodifusores é em relação aos aparelhos receptores de FM com o dial estendido. Paulito também frisou que a AESP vai trabalhar em contato com os fabricantes para agilizar a produção desses aparelhos, além da liberação do dial nos chips dos celulares. “A grande parte dos celulares já possuem o dial estendido. Basta uma programação. Também estamos conversando com os fabricantes de rádios automotivos que façam a adaptação do software para a ter o dial de 76 FM até 108 FM”, comentou Paulito.
Novos pedidos para migração
Paulito também frisou que as emissoras AM que não fizeram o pedido para a migração, poderão ter outra oportunidade quando o processo de migração atual estiver finalizado. “Essas que não fizeram agora, lamentavelmente terão que esperar a finalização do processo para saber se é possível uma nova canalização”, explicou.
Aumento de potência das FMs
Por fim, Paulito explicou ainda que, a partir da migração, as rádios FMs não poderão mais solicitar aumento de potência devido ao agrupamento das emissoras no dial. “Todas as emissoras de FM que estiverem na faixa convencional (88 FM a 108 FM) lamentavelmente deverão permanecer com a atual potência. Não existe mais viabilidade técnica para o aumento de potência nessa faixa”, explicou.
Vale ressaltar que essa informação é para novos pedidos de aumento de potência. Rádios que já fizeram o pedido e estão com projeto em estudo, ainda poderão receber a autorização para o aumento.
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