O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros, assinou um ato que prorroga por mais sessenta dias a Medida Provisória que flexibiliza a transmissão da Voz do Brasil. Com isso, as emissoras de poderão transmitir o programa estatal até às 21 horas, terminando às 22 horas, de segunda à sexta-feira. A medida foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União.
Assinada pela presidente Dilma Rousseff em junho, a Medida Provisória tinha vigência até o término da Copa do Mundo, ocorrida no último domingo. Como o programa é transmitido de segunda à sexta-feira, as rádios puderam escolher o horário até o dia 11. Várias rádios aproveitaram a permissão para fazer mudanças em suas programações, inclusive as que não estavam transmitindo os jogos.
Com a prorrogação da vigência da MP, todas as rádios brasileiras terão mais sessenta dias para aproveitarem o horário das 19 horas para exibirem suas programações. A Medida Provisória prevê que a Voz do Brasil seja iniciada até às 21 horas, sempre em “horários cheios” ou "hora e meia", e tendo que terminar às 22 horas.
O Tudo Rádio publicou há pouco que Comissão Mista criada para analisar a MP 648/14, que trata da flexibilização da transmissão da Voz do Brasil, vota nesta quarta-feira, 16, o relatório do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) para flexibilizar de maneira permanente o programa entre 19h e 22h. Ferraço considerou positiva a experiência da medida durante a Copa do Mundo.
A MP 648/14, assinada pela presidente Dilma Rousseff, atendeu a um pleito da Abert e das Associações Estaduais de Radiodifusão, preocupadas com os prejuízos à transmissão e cobertura jornalística das partidas e de eventos paralelos ao Mundial, autorizou as emissoras de rádio de todo o país a levar ao ar o programa obrigatório “A Voz do Brasil” até às 22h durante o torneio.
A enquete que está em vigor no portal Tudo Rádio mostra que os leitores do site também aprovaram o período em que houve a flexibilização da transmissão do programa estatal. Até o início da manhã desta quarta-feira, 85% dos leitores acharam que a flexibilização beneficiou as rádios e, consequentemente, os ouvintes.