O diretor-geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Luis Roberto Antonik, concedeu entrevista ao Tudo Rádio para falar sobre a flexibilização do programa A Voz do Brasil. Ele esclareceu várias dúvidas sobre o tema, que está em compasso de expectativa sobre quem será o próximo governante.
Antonik disse que a adesão das rádios à Medida Provisória que autorizou a flexibilização da transmissão da Voz do Brasil durante a Copa do Mundo foi considerada baixa. “Consideramos a adesão baixa, apenas 33% das emissoras aderiram. Acontece que o rádio, prejudicado durante 79 anos pela rigidez da Voz do Brasil, estruturou um modelo de negócios que praticamente desconsidera o período noturno. A audiência que ao meio-dia chega a ser o dobro da televisão (200%), à noite cai drasticamente para apenas 15% da audiência da TV”, explicou o diretor.
Além disso, Antonik também falou sobre a atuação dos deputados federais no interesse da votação. “Os deputados federais enxergam a Voz do Brasil como um arauto para a divulgação de seus feitos. Eles também acham que os ouvintes da Voz do Brasil são pessoas simples, agricultores e populações do campo. Ledo engano. O programa é escutado esmagadoramente nos grandes centros”, explicou.
Ele disse ainda que não há nenhum projeto que vise a extinção da Voz do Brasil tramitando no Congresso Nacional. “Não há um só registro na história da Abert, em seus 52 anos, pela extinção da Voz do Brasil. O radiodifusor deseja que o programa seja adaptado aos novos tempos e flexibilizado em apenas três horas. Os tempos mudaram, especialmente, os hábitos da população. Hoje somos mais de 10 mil emissoras de rádio, 11 mil geradoras e retransmissoras de televisão, a frota brasileira de veículos chegou em 2013 a 45 milhões e a escola noturna tem 80% dos nossos estudantes”, ressaltou.
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