Abert divulga nota que repudia casos de ameaça a profissionais da comunicação

A Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) emitiu nota de repúdio contra ameaças a várias classes de profissionais de comunicação no estado de Santa Catarina. De acordo com a entidade, essa prática se tornou comum, não só no estado, mais sim em todo o país. Segundo a associação, o caso mais grave se deu no episódio em que o repórter-fotográfico do Diário Catarinense, Marco Fevero, foi algemado e colocado dentro da viatura da polícia, de onde só foi liberado após 40 minutos. Ao tentar conversar com os policiais, recebeu a justificativa de que estava sendo algemado “para sua própria segurança”.

Outro episódio marcante foi as prisões das jornalistas Natália Pilati e Joana Zanotto, que trabalham para a página de notícias Maruim (no Facebook). Elas foram detidas e encaminhadas à delegacia, além de assinarem um termo circunstanciado por resistência.

A seguir a nota emitida ontem pela entidade:

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão repudia o ato truculento da polícia militar de Santa Catarina, ao deter três jornalistas que cobriam uma reintegração de posse de terreno na SC-401, no último sábado (19).

O repórter-fotográfico do Diário Catarinense Marco Fevero foi algemado e colocado dentro da viatura da polícia, de onde só foi liberado após 40 minutos. Ao tentar conversar com os policiais, recebeu a justificativa de que estava sendo algemado “para sua própria segurança”.

As jornalistas Natália Pilati e Joana Zanotto, que trabalham para a página de notícias no Facebook Maruim, foram detidas e encaminhadas à delegacia. Elas tiveram que assinar um termo circunstanciado por resistência.

Em menos de uma semana, esse foi o segundo caso de ameaça a profissionais da comunicação em Santa Catarina. No dia 13, outra jornalista do Diário Catarinense sofreu intimidação ao fotografar a ação de policiais em Florianópolis. A repórter Ângela Bastos teve o celular tomado por policiais e as imagens apagadas após registrar a prisão de um rapaz.

A Abert considera extremamente preocupante toda e qualquer forma de intimidação ou ato de violência que tente impedir a livre e necessária atuação da imprensa e pede a apuração rigorosa dos fatos, além da punição dos responsáveis, às autoridades de Santa Catarina.

DANIEL PIMENTEL SLAVIERO
Presidente

Liberdade de imprensa em pauta

O tema movimentou as discussões no setor das comunicações devido a aprovação da nova lei do direito de resposta (13.188/2015). A Abert se posicionou mais de uma vez sobre o tema, sendo que na última a entidade chegou a aprovar um veto realizado pela presidente Dilma Rousseff, porém questionou alguns artigos. Clique aqui e veja a posição da entidade sobre o tema.

Com informações e a colaboração de Cesar Porto