Quinta-Feira, 11 de Outubro de 2018 @ 07:45
São Paulo - Gigantes da "nova economia" tem escolhido o rádio para informar e também promover campanhas
Está cada vez mais frequente a presença de grandes nomes da chamada "nova economia" em anúncios veiculados pelo rádio. Com diferentes objetivos (campanhas sociais e peças publicitárias), essas empresas buscam as rádios brasileiras para ampliar o alcance de suas mensagens, assim como suas frequências. Nos últimos dias o Facebook entrou na lista das empresas de tecnologia que recorreram ao rádio, através de campanhas contra noticias falsas, material assinado pela própria rede social e também pelo WhatsApp.
O material assinado pelo Facebook e pelo WhatsApp busca conscientizar os seus usuários durante o período eleitoral, na tentativa de diminuir os impactados causados por boatos e notícias falsas. Nas peças do Facebook, a plataforma informa em 30 segundos as ferramentas que a rede social disponibiliza para que os usuários conheçam mais sobre os candidatos e tenham acessos a notícias comprovadas sobre cada um deles.
Já as peças assinadas pelo WhatsApp, este que pertence ao Facebook, a campanha procura orientar o usuário na identificação de possíveis boatos ou notícias falsas. Detalhes como a informação de "mensagem encaminhada", práticas como busca de comprovação da notícia através de sites/veículos confiáveis e até para que o usuário avise quem enviou a mensagem sobre a possibilidade daquele conteúdo ser boato ou uma notícia falsa.
Na campanha do WhatsApp a plataforma assina com o slogan “Compartilhe fatos, não boatos”, frase seguida pelo nome da ferramenta. As peças foram percebidas em rádios de grande audiência nas praças de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, entre outras, estações de diferentes formatos de programação.
As campanhas foram divididas entre as agências Mullen Lowe e a Wieden Kennedy, com faturamentos vindos da sede em Dublin (Irlanda) e também da Califórnia (em relação ao WhatsApp). Elas ficarão no ar até o próximo dia 26.
Vale lembrar que o Facebook também é anunciante de rádio para promover outras de suas ferramentas, como o Facebook Marketplace.
WhatsApp é controlado e desenvolvido desde 2014 pelo Facebook
Tecnologia no rádio
O Facebook não é o único representante da "nova economia" que utiliza o rádio para ampliar o alcance de suas campanhas e essa prática não é nova, mas está avançando. A Uber, prestadora de serviços eletrônicos na área do transporte privado urbano, conta com uma forte presença publicitária nos intervalos comerciais de rádios que estão nos principais mercados do país. Fato que fez concorrentes como a 99 ampliarem sua presença no veículo. Outra empresa de transporte via aplicativo que aposta no rádio é a Lady Driver de São Paulo.
Com a intenção de ampliar a sua presença no Brasil, a Amazon Prime Video (streaming de vídeo) também apostou no rádio para promover os seus produtos, com destaque para a série Jack Ryan (lançada em agosto passado).
Netflix e o próprio Google (mais recentemente com as frentes Google Cloud e Google Meu Negócio) também já contaram com campanhas no rádio, assim como BuscaPé, OLX, Decolar.com, entre outras marcas digitais, são anunciantes regulares de rádio.
O segredo é distribuir
Todas essas plataformas contam com anúncios em rádio, na própria internet (desktop, sites mobiles e aplicativos - via mídia programática), outdoors (mídia externa - de rua), entre outros formatos. Pesquisas realizadas no Estados Unidos apontam a grande necessidade de se distribuir campanhas em diferentes ambientes, tendo o rádio como um grande impulsionador na frequência e no alcance desses anúncios.
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Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.