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Quarta-Feira, 15 de Julho de 2020 @ 07:31

Tendências | Coronavírus: Edison Research aponta possível mudança no comportamento dos ouvintes em relação aos horários de escuta

São Paulo - Com mudanças de hábitos devido à covid-19, ouvintes iniciam mais tarde as escutas de suas emissoras preferidas nos Estados Unidos

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A indústria de rádio continua tentando mapear como será o hábito dos ouvintes durante e no pós-pandemia, esse que tem mudado de comportamento a depender de que estágio que está a crise do novo coronavírus em sua localidade. Segundo um levantamento da Edison Research, através do Share of Ear, foi possível notar que os ouvintes nos Estados Unidos mudaram suas rotinas de escutas pela manhã, iniciando mais tarde do que era antes da pandemia. Se discute no mercado se essa movimentação é uma tendência para o futuro, o que impactaria nas estratégias das emissoras.

O levantamento mostra que, antes da pandemia, 50% da população dos Estados Unidos começava a ouvir qualquer tipo de áudio às 7h15. Agora, este que é um exame trimestral do comportamento do ouvinte, mostra que esses mesmos 50% estão iniciando a escuta de qualquer plataforma de áudio as 08h30.

Ainda segundo a Edison Research, a mudança é natural, já que os deslocamentos dos ouvintes foram impactados com o isolamento social e quarentenas. Porém, a dúvida levantada pelo relatório é se essa tendência de maior permanência em casa para trabalhar possa ser algo considerável no período pós pandemia, com as escutas começando mais tarde do que na média histórica.

Isso impacta diretamente o rádio, que tem nos Estados Unidos o período da manhã como sua principal faixa horária estratégica. Com seus shows matinais, rádios de diferentes formatos utilizam esse tipo de atração para ampliar sua atuação comercial e eleva seus picos de audiência. Tanto que, durante a pandemia, esses shows foram estendidos para terminarem mais tarde o que o que ocorria habitualmente.

"Essa descoberta desafia o nosso pensamento sobre como os EUA ouvem áudio durante os tempos tradicionais", afirma Laura Ivey, diretora de pesquisa da Edison, em entrevista ao portal RAIN News. "Com muitas pessoas permanecendo em casa ou trabalhando em casa durante o segundo trimestre, elas não se envolveram com o áudio tão cedo quanto antes da covid-19.  Esses dados mostram que, se os americanos continuarem com os padrões atuais de trabalho, as estratégias de áudio podem precisar ser ajustadas", afirma a analista.


Arte da Edison que mostra os dados sobre horários de escuta. No primeiro quadro é o comportamento pré-pandemia. O segundo é durante a covid-19. A pergunta feita: Que horas os americanos começaram a ouvir áudio?

Recentemente, conforme acompanhado pelo tudoradio.com através da medição realizada pela Nielsen, o comportamento de escuta dos ouvintes de rádio em relação aos formatos de programação está se estabilizando conforme a pesquisa é atualizada, o retorno das audiências de estações de formatação adulto-contemporâneo (AC), Pop CHR, entre outras. Porém, é possível que ocorra um deslocamento de faixas horárias nos picos de audiência.

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Sobre a faixa horária de consumo de rádio no Brasil, mas via streaming de áudio, os picos de audiência eram registrados na faixa das 08h00 (segunda à sexta-feira, período pós-pandemia) no período pré-pandemia. Depois, com um maior isolamento social, esse pico das 08h foi diluído nas faixas seguintes (09h, 10h e até 11h). 

Agora, com uma maior movimentação na comparação com o início da pandemia no Brasil, o pico das 08h foi novamente fortalecido, mas a audição na faixa das 09h está mais elevada do que antes da covid-19 (dados referentes ao ambiente do tudoradio.com, projeção do Analytics dos meses de março, maio e abril). Essas mesmas variações foram relatadas por algumas emissoras que tem acompanhado o comportamento da audiência em suas plataformas digitais.

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Com informações da Edison Research e do portal RAIN News

Tags: Audiência, deslocamento, picos, covid-19, Estados Unidos, coronavírus

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Daniel Starck

Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.



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