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Sexta-Feira, 03 de Junho de 2022 @ 11:02

Ministério das Comunicações relaciona migração AM-FM com boas ações junto ao Meio Ambiente

Brasília – Segundo MCom, processo de adaptação de outorgas auxilia na economia de energia elétrica

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O Ministério das Comunicações (MCom) divulgou uma matéria em que relaciona a migração AM-FM com boas práticas junto ao Meio Ambiente, como a preservação de recursos naturais. Como exemplo disso, a pasta ressaltou que o processo de adaptação das outorgas concedidas a emissoras que operam em Ondas Médias (OM) auxilia na economia de energia elétrica. Os resultados alcançados são diluídos ao longo de anos e, nesse aspecto, parecem mais com efeitos indiretos. 

De acordo com o divulgado pelo MCom, a maioria das emissoras de rádios que operam em OM possui transmissores “valvulares”, enquanto as rádios FM trabalham com transmissores “transistorizados”, com potências menores. A mudança implica (dependendo da faixa de frequência e da potência) em redução da energia necessária ao funcionamento dos equipamentos. Ou seja, economia de recurso natural.

Além disso, o Ministério também considerou outros fatores para fazer uma avaliação detalhada sobre as equivalências entre emissoras. Em 2013, existiam 1.781 emissoras operando em OM, em caráter local, quando o Decreto 8.139/13 – que dispôs sobre as condições para a extinção do serviço – foi editado. Deste então, 1.670 rádios aderiram ao processo de adaptação que, gradativamente, vem avançando.

Segundo cálculos divulgados pelo MCom, mesmo com quase mil contratos assinados com a União, cerca de 210 emissoras migrantes ainda não apresentaram projetos técnicos para o FM. No entanto, são eles que vão apontar, em definitivo, a diferença de consumo de energia, uma vez que este fator está relacionado à altitude de instalação da emissora.

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“Atento a esse cenário, o MCom estruturou uma política pública que pretende ampliar a qualidade do áudio e da transmissão. Nosso desejo é garantir que emissoras possam continuar a prestação dos serviços no FM, o que amplia a diversidade de conteúdo, a competitividade no setor e melhora o serviço para o cidadão”, afirmou o ministro substituto das Comunicações, Maximiliano Martinhão. 

Na prática, cabe afirmar que as emissoras com grandes potências têm redução significativa no consumo de energia. Este é o caso de uma emissora de grande porte em São Paulo, que atualmente conta com 200 kW (kilowatts) de transmissor em OM. Estima-se que, após a migração para o FM, ela poderá usar um transmissor com 20 kW.

Em condições semelhantes, pode-se afirmar que há uma economia próxima a 40% no consumo de energia elétrica. A redução deve ter menor intensidade para rádios que operam com transmissores cuja potência fica entre 10 kW ou mesmo 1 kW.

A migração das emissoras atende a uma solicitação das próprias emissoras, que há anos sofrem com a perda de sua audiência, pelo fato desse serviço ser mais suscetível à ruídos, interferências, custos elevados de instalação e manutenção de estações e, ainda, grande consumo de energia elétrica na operação. As mudanças também são necessárias porque a operação das OM, em caráter local, será extinta em dezembro de 2023.

Com informações do Ministério das Comunicações

Tags: Rádio, migração AM-FM, Ministério das Comunicações, Meio Ambiente, Brasília, radiodifusão

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Carlos Massaro

Carlos Massaro atua como radialista e jornalista. Já coordenou artisticamente uma afiliada da Band FM (Promissão/SP) e trabalhou como locutor na afiliada da Band FM em Ourinhos/SP e na Interativa de Avaré/SP e como jornalista na Hot 107 FM 107.7 de Lençóis Paulista/SP e na Jovem Pan FM 88.9 e Divisa FM 93.3 de Ourinhos. Também é advogado na OAB/SP e membro da Comissão de Direito de Mídia da OAB de Campinas/SP, da Comissão de Direito da Comunicação e dos Meio da OAB da Lapa/SP e membro efetivo regional da Comissão Estadual de Defesa do Consumidor da OAB/SP. Atua pelo tudoradio.com desde 2009, responsável pela atualização diária da redação do portal.



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