Terça-Feira, 25 de Outubro de 2022 @ 11:15
Brasília – Presidente do TSE, Alexandre de Morais, dá 24 horas para comprovação das alegações
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, alegou nesta segunda-feira (24) que rádios deixaram de veicular ao menos 154 mil inserções da propaganda eleitoral da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em denúncia enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a equipe de campanha do atual presidente que busca a reeleição, afirmou que rádios do país não têm veiculado adequadamente as inserções eleitorais do atual presidente, supostamente favorecendo o adversário no segundo turno da corrida pelo Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma das empresas que teriam feito o levantamento foi a Audiency, que foi questionada pela redação do portal tudoradio.com. O assunto está na imprensa desde a noite de ontem.
Segundo a equipe de campanha de Bolsonaro, a afirmação consta de relatórios que foram produzidos por uma auditoria contratada e que apontou exposição maior de Lula nas rádios no período de 7 a 14 de outubro, em especial na Região Nordeste. Durante o segundo turno, ambos os candidatos têm direito a tempo igual de propaganda gratuita em rádio e televisão.
Em resposta à denúncia, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que os fatos narrados "não foram acompanhados de qualquer prova e/ou documento sério", mas de um "suposto e apócrifo" relatório de veiculações em rádio, e cobrou que sejam apresentadas provas, alertando que uma falsa acusação poderá ser encarada como crime eleitoral.
"Determino, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, que a coligação requerente adite a petição inicial com a juntada de provas e/ou documentos sérios que comprovem sua alegação, sob pena de indeferimento da petição inicial por inépcia e determinação de instauração de inquérito para apuração de crime eleitoral praticado pelos autores", afirmou o ministro.
A equipe de redação do tudoradio.com entrou em contato por e-mail com Anacleto Ortigara, sócio-diretor da Audiency, empresa citada como uma das responsáveis pela aferição das veiculações. Anacleto informou que a empresa está “trabalhando intensamente agora, mas em breve responderemos com satisfação às suas indagações”. Informou, ainda, que mais detalhes sobre os métodos de coleta das veiculações podem ser vistos no site https://audiency.io/.
Segundo divulgado pela própria Audiency em seus canais, a empresa é especializada em monitoramento por meios digitais, como o streaming de áudio das estações. Há dúvidas sobre o uso desse método para checagem de inserções políticas, visto que as rádios não são obrigadas a cumprirem essas veiculações pela internet, mas apenas pelo sinal terrestre (FM/AM, ou seja, no dial).
O tudoradio.com atualizará esta matéria tão logo a Audiency responda aos questionamentos feitos pela nossa redação.
Fabio Wajngarten e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, nesta 2ª / crédito: reprodução SBT
Com informações dos portais G1, SBT, UOL e Jovem Pan
Este conteúdo foi produzido pela equipe de jornalismo do tudoradio.com, especializada na cobertura do setor de rádio e radiodifusão. A supervisão editorial é de:
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