Sexta-Feira, 02 de Junho de 2023 @ 07:29
São Paulo - Dos seis maiores anunciantes de rádio AM/FM nos EUA, três ampliaram de forma significativa os seus investimentos no veículo
Gigantes do mercado norte-americano registraram valores expressivos em investimentos em mídia de rádio AM/FM, segundo a empresa de análise Vivvix. As duas líderes no ranking de publicidade nesse meio apresentaram um volume que supera os U$ 400 milhões de dólares em 2022, com ambas as empresas ampliando o investimento em rádio entre 2021 e o ano passado. A multinacional Procter & Gamble permanece como a maior anunciante de rádio nos Estados Unidos, seguida pela Comcast. Ambas apresentaram volumes que superam os 200 milhões de dólares investidos no meio em 2022 por cada marca. Veja:
Dos seis maiores anunciantes de rádio nos Estados Unidos, três ampliaram seus volumes entre 2021 e 2022. O maior crescimento foi registrado pela farmacêutica Pfizer, que aumentou de 59 milhões de dólares investidos em mídia de rádio para 122 milhões no ano passado. Com isso, a marca passou a ser a terceira maior anunciante do meio, superando a Deutsche Telekom, responsável por marcas como T-Mobile (de telefonia móvel e banda larga).
No entanto, quando o levantamento do mercado publicitário sobre investimento em rádio separa os grupos por marcas anunciadas, a Pfizer passa a ser a maior anunciante em 2022, totalizando mais de 120 milhões de dólares investidos no ano passado. A marca Comcast, que leva o mesmo nome do grupo, aparece em segundo lugar, com 110 milhões de dólares. As duas primeiras tiveram um incremento no volume investido na comparação com 2021.
As outras marcas do ranking são T-Mobile, Indeed, Progressive e Geico. Dessas, Indeed e Progressive ampliaram seus investimentos. Quanto aos segmentos de atuação das seis maiores marcas anunciantes, são dois provedores de internet/wireless, duas seguradoras, um serviço de recrutamento de emprego e uma grande empresa farmacêutica.
O levantamento ajuda a entender qual é o atual momento do investimento em rádio nos Estados Unidos, considerado o principal mercado do setor no mundo. Conforme já noticiado pelo tudoradio.com, vários grupos de rádios estão relatando recuperações financeiras no pós-COVID-19, mas muitos deles ainda divulgam balanços inferiores ao volume visto até 2019, período pré-pandemia. De qualquer maneira, as previsões futuras para investimento em rádio (excluindo investimentos no digital) são positivas no mercado norte-americano.
Ranking dos maiores investidores em rádio nos EUA, com o comparativo entre 2021 e 2022 / crédito: Vivvix e portal Inside Rádio
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E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
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Com informações do portal Inside Rádio e da Vivvix
Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.