Quinta-Feira, 19 de Outubro de 2023 @ 11:13
São Paulo - Investimento publicitário no rádio AM/FM cresceu 59% desde 2018
Um estudo encomendado pela Cumulus Media/Westwood One e realizado pelo Signal Hill Insights, indicou que o rádio AM/FM pode ser mais eficaz em alcançar usuários de produtos farmacêuticos do que a televisão. Segundo dados de sete estudos de rastreamento de marca realizados há uma crescente preferência pelo rádio.
A análise foi divulgada esta semana pela Westwood One. O estudo revelou que o investimento publicitário no rádio AM/FM cresceu 59% desde 2018. "Pelo segundo ano consecutivo, farmácias/drogarias são a principal categoria de publicidade no rádio de rede nos EUA", afirma Pierre Bouvard, chefe de Insights da Cumulus Media/Westwood One.
Empresas do ramo farmacêutico, como AbbVie, Pfizer, Johnson e Johnson e P&G, têm optado por campanhas no rádio AM/FM para diversas marcas. Como ilustração, Bouvard destaca a Moderna, que utilizou o rádio AM/FM em setembro, alcançando mais de 83 milhões de americanos para promover sua nova vacina contra a Covid.
O levantamento da Signal Hill foi solicitado por uma importante marca farmacêutica, interessada em avaliar o impacto de sua campanha de rádio para um medicamento digestivo. Nela, descobriu-se que os assíduos ouvintes de rádio AM/FM apresentam maior incidência de sintomas digestivos comparados aos espectadores de TV.
"O rádio AM/FM tem sido eficaz para a marca", observa Bouvard. Em relação à TV, os ouvintes frequentes de rádio AM/FM mostraram maior reconhecimento e consideração pela marca, apesar do maior investimento em publicidade televisiva.
Outro levantamento importante que ratifica os números é o da Nielsen, que fortalece a posição do rádio, mostrando que ele supera a TV ao vivo e gravada entre adultos de 18 a 49 anos. Em comparação direta, o rádio AM/FM supera a TV em reconhecimento não assistido, consideração de marca e uso.
Por fim, a análise da Westwood One, utilizando a plataforma de planejamento de mídia da Nielsen, mostra que o rádio AM/FM amplia o alcance, especialmente entre o público mais jovem, quando combinado com a TV. Bouvard concluiu que “O rádio AM/FM potencializa os planos de TV”.
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Qual a razão de olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
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Com informações da Inside Radio
Carlos Massaro atua como radialista e jornalista. Já coordenou artisticamente uma afiliada da Band FM (Promissão/SP) e trabalhou como locutor na afiliada da Band FM em Ourinhos/SP e na Interativa de Avaré/SP e como jornalista na Hot 107 FM 107.7 de Lençóis Paulista/SP e na Jovem Pan FM 88.9 e Divisa FM 93.3 de Ourinhos. Também é advogado na OAB/SP e membro da Comissão de Direito de Mídia da OAB de Campinas/SP, da Comissão de Direito da Comunicação e dos Meio da OAB da Lapa/SP e membro efetivo regional da Comissão Estadual de Defesa do Consumidor da OAB/SP. Atua pelo tudoradio.com desde 2009, responsável pela atualização diária da redação do portal.