Quinta-Feira, 01 de Fevereiro de 2024 @ 07:00
São Paulo - Marketron indica que emissoras de rádio devem integrar estratégias digitais com a publicidade tradicional no ar
Mais um estudo veio a público neste início de 2024, colaborando com o posicionamento do rádio como uma ferramenta de marketing fundamental e que anunciantes precisam integrar estratégias de marketing digital com publicidade tradicional em veículos como o rádio. Apesar de equívocos sobre sua eficácia como meio publicitário, o meio mantém sua firmeza diante da concorrência digital, conforme destaca a Marketron. A empresa de análise divulgou uma perspectiva de receita otimista para 2024, à medida que o rádio continua a provar sua durabilidade e relevância no mundo da publicidade.
O relatório da empresa norte-americana começa com uma declaração de vitalidade: 91% dos adultos com mais de 18 anos sintonizam o rádio mensalmente, com uma média de 10,9 horas por semana, mantendo seu status como líder em áudio com publicidade e escolha preferida para ouvir no carro, considerando o recorte dos Estados Unidos. Mas, conforme o tudoradio.com vem destacando, o alcance do rádio tem permanecido em patamar elevado nos mais diferentes países analisados, em diversas pesquisas que apontam seu consumo. E isso também se aplica ao Brasil, apesar de pequenas diferenças nos hábitos de consumo a depender do recorte (como a maior parcela da audiência estar nas residências).
Os principais achados da Marketron destacam a superioridade do rádio em engajamento sobre anúncios em vídeo, o impulso que ele proporciona às táticas de publicidade digital e seu valor para os negócios locais. Os ouvintes de AM/FM demonstram alta intenção de compra, e os anunciantes veem retornos substanciais em seus investimentos, incluindo um retorno de US$23 para cada US$1 gasto em anúncios de supermercado. Recentemente, outro estudo apontou caminhos similares, indicando que o rádio fortalece marcas e impulsiona o ROI publicitário, de acordo com a publicação “The Long and the Short of It – 10 Years On: Radio’s Enduring Role in Effectiveness”, de Peter Field.
A Marketron indica que diversas indústrias estão preparadas para aumentar os gastos com publicidade no rádio em 2024, incluindo varejo, imobiliário, automotivo, serviços financeiros e saúde. A perspectiva econômica para 2024 sugere um otimismo cauteloso, com a inflação projetada diminuindo e o crescimento do PIB. Espera-se que o comportamento do consumidor reflita um equilíbrio entre gastos prudentes e ocasionais, influenciando as estratégias de publicidade no rádio. No caso dos EUA, também haverá um crescimento com o investimento político, devido às eleições, que costumam irrigar o faturamento de diferentes veículos e formatos de mídia.
Para as estações de rádio, o estudo indica que o futuro está em integrar estratégias digitais com a publicidade tradicional no rádio. Abraçar plataformas modernas que ofereçam flexibilidade, conexões com softwares de publicidade digital e fluxos de trabalho simplificados será crucial. As estações devem se tornar adeptas em vender rádio e digital juntos, expandindo seu alcance de prospecção e aumentando sua participação no mercado.
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E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
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Com informações do portal RadioINK
Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.