




Sexta-Feira, 26 de Dezembro de 2025 @ 18:56
São Paulo - Levantamento aponta que empresas devem priorizar canais digitais e estratégias com retorno mensurável; tradicionais como rádio e TV tendem a perder espaço para parte dos profissionais de marketing
O cenário de marketing para 2026 nos Estados Unidos aponta para um aumento nos investimentos, mas também para um ambiente de maior cobrança por resultados claros e mensuráveis. Segundo pesquisa divulgada pela Clutch e citada pelo Emarketer, 60% das pequenas empresas norte-americanas planejam elevar seus orçamentos de marketing no próximo ano, enquanto 78% dos profissionais da área demonstram otimismo com o futuro. As previsões também apontam desafios para a radiodifusão, já que parte dos profissionais continuam indicando que podem diminuir o investimentos nesses meios, ignorando o retorno gerado por veículos como o rádio.
Apesar da expectativa de crescimento, os profissionais de marketing indicam uma mudança na forma como os recursos serão distribuídos. Canais digitais devem concentrar a maior parte dos investimentos, com 46% dos entrevistados afirmando que mais da metade de seus orçamentos para 2026 será destinada a essas plataformas. A priorização está diretamente ligada à possibilidade de obter retornos mais rápidos e à facilidade de mensuração dos resultados.
Por outro lado, cerca de um terço dos profissionais consultados planeja reduzir os aportes em mídias tradicionais, como rádio, TV, jornal, revistas e publicidade externa. Os motivos para esse recuo são os altos custos, menor flexibilidade operacional e a dificuldade em atribuir resultados diretos às ações nesses meios.
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A tendência reforça uma demanda crescente por desempenho e comprovação de resultados em meio a um cenário de mudança no comportamento do consumidor. Conforme dados da HubSpot, os consumidores estão mais exigentes, com menor lealdade a canais específicos e mais difíceis de alcançar, o que pressiona os departamentos de marketing a otimizarem cada investimento.
Entre as áreas que devem receber mais atenção em 2026 estão conteúdo e SEO, publicidade digital, branding, ações criativas e parcerias ligadas ao desempenho. Esses focos refletem a pulverização da audiência em plataformas como buscadores, redes sociais, vídeos e marketplaces — ambientes onde o comportamento do consumidor pode ser monitorado com mais precisão.
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A inteligência artificial também ganha espaço no arsenal dos profissionais de marketing. 61% dizem já utilizar IA para planejamento de mídia, análise de dados e personalização, mas o uso ainda é cauteloso. A maioria (83%) projeta que as ferramentas baseadas em IA representarão menos de 20% dos seus orçamentos totais, sugerindo uma aplicação mais tática do que estrutural da tecnologia no curto prazo.
Com a chegada de 2026, o mercado deve equilibrar crescimento com disciplina. Estratégias com maior capacidade de atribuição direta, como mídia paga com foco em conversões, publicidade em plataformas de varejo com dados de vendas integrados e e-mail marketing vinculado a CRMs, estão entre as apostas para maximizar resultados.
Especialistas apontam que, mais do que simplesmente elevar os gastos, o sucesso no próximo ciclo dependerá da agilidade dos times de marketing em comprovar quais ações realmente impulsionam o crescimento e cortar rapidamente aquelas que não geram retorno.
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E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
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Ilustração / tudoradio.com
Com informações portal Inside Radio


