Quinta-Feira, 30 de Junho de 2022 @ 11:09
São Paulo - Rádio puxa o alcance crescente de consumo do áudio entre a população norte-americana. Nielsen classifica que “somente o rádio AM/FM pode oferecer a escala que os anunciantes precisam”
O mais recente relatório "Audio Today", edição de 2022 e realizado pela Nielsen, mostrou que o alcance do rádio AM/FM nos Estados Unidos segue inabalável a despeito de previsões que indicavam que isso poderia mudar no durante e pós-pandemia da covid-19. É fato que todas as plataformas de áudio estão avançando em consumo, mas o rádio segue liderando esse alcance. Segundo o levantamento, 93% dos norte-americanos com 18 anos ou mais ouvem rádio todos os meses. O alcance do meio continua superior aos valores obtidos pela televisão e também pelos smartphones. Acompanhe:
Os recortes: a média geral de alcance mensal do rádio nos EUA é de 93% da população com 18 anos ou mais. Já na faixa entre 18 e 34 anos, o valor é de 87%. Já nas faixas etárias seguintes, os números registrados de alcance são 93% para 35 a 49 anos e 98% para 50 anos ou mais. E o AudioToday trouxe uma novidade: mostra o incremento que plataformas digitais podem dar ao áudio em cada faixa etária (veja o gráfico no final desta reportagem).
A Nielsen é taxativa: “somente o rádio AM/FM pode oferecer a escala que os anunciantes precisam”. A análise ainda destaca que o alcance para o público mais jovem, de 18 a 34 anos, é menor do que a média, mas ainda assim é um valor muito alto (87%) e que fica bem acima da média geral de dispositivos como smartphones (86%) e TV-dispositivos conectados (81%). Veja no gráfico abaixo.
O primeiro valor é a média geral entre todas as idadas. Na sequência estão as faixas 18-34 anos, 35-49 e 50+ / Crédito: Nielsen e RadioInk
Os dados da Nielsen são do Relatório 2022 do Audio Today, mas são números relativos ao último trimestre de 2021. Nessa ocasião, também utilizando os números da empresa como base, o tudoradio.com havia destacado o avanço consistente do rádio no final do ano passado, onde foi possível considerar que o meio seguia como "trilha sonora do Natal". Várias emissoras bateram recordes de alcance em diferentes mercados norte-americanos.
“À medida que o áudio se torna uma parte ainda mais importante de nossas dietas de mídia, a quantidade total de consumo é quase onipresente”, afirma o relatório da Nielsen. “O rádio – a mídia original suportada por anúncios – atinge sozinho 93% da população dos EUA. Quando você inclui o público não duplicado de serviços de streaming de música suportados por anúncios e sem anúncios, juntamente com podcasts e rádio via satélite, o alcance aumenta para 99%", completa.
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Alcance do rádio + o total do alcance de áudio / Crédito: Nielsen e Inside Radio
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E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
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Com informações da Nielsen. Dados também repercutidos pelos portais RadioINK e Inside Radio
Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.