Terça-Feira, 15 de Agosto de 2023 @ 06:59
São Paulo - Edison Research confirma novamente liderança do rádio entre todos os formatos de áudio disponíveis nos Estados Unidos
Se você analisar todas as fontes de áudio possíveis, ou seja, o consumo da população nos mais diversos formatos dessa modalidade de entrega de conteúdo, perceberá que o Rádio FM/AM detém a maior parcela, com uma boa vantagem em relação a todas as demais plataformas, sejam elas digitais ou não. Esta afirmação, positiva para o meio, é baseada em um recorte recente do Share of Ear da Edison Research, que mapeia o consumo de áudio nos Estados Unidos. Na extensa lista analisada, estão plataformas digitais como Spotify e YouTube, bem como o serviço de rádio via satélite, CDs e até vinis.
De acordo com a Edison Research, 36% do total do consumo de áudio nos Estados Unidos é para o Rádio AM/FM, tornando o veículo na principal fonte desse formato de mídia para a população local, tendência esta que tem sido mantida nos últimos anos, conforme já repercutido pelo tudoradio.com. E o número é expressivo, já que o valor representa a divisão entre os mais variados formatos, o que inclui até "vídeos musicais", podcasts e a "propriedade da música", ou seja, MP3, CDs, entre outros.
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Segundo o levantamento, música por streaming, incluindo Spotify, Pandora, Apple Music, Amazon Music e serviços semelhantes, ficou em segundo lugar com 18%. O YouTube para Música/Vídeos Musicais foi o terceiro com 14%, seguido por podcasts, que representam 10% de todas as audições. É válido destacar os podcasts: esse formato tem apresentado crescimento e avançou 1% em relação à pesquisa anterior, atingindo seu maior percentual histórico.
O levantamento Share of Ear ainda aponta o SiriusXM (8%), que é o serviço de rádio via satélite disponível nos EUA, e a música própria ou propriedade de áudio (ouvir CDs, vinis, arquivos digitais próprios como MP3, etc.), que decresceu dois pontos percentuais, chegando a 7%. Os audiobooks ganharam um ponto percentual, representando 3% das audições, empatando com os canais de música da TV.
De acordo com a imprensa especializada em mídia dos EUA, os dados do Share Of Ear derivam de um registro detalhado de um dia, administrado online ou por correspondência após uma pesquisa telefônica. Os dados têm sido atualizados continuamente desde 2014. Há a intenção de consolidar análises referentes a dez anos de mapeamento, o que pode auxiliar na identificação de tendências ou constâncias nos padrões de consumo.
“O áudio mudou dramaticamente nos últimos dez anos e nós registramos essas mudanças ao longo do caminho”, afirmou a Edison Research em seu último boletim semanal de insights. “Em 2014, quando começamos, pouco mais da metade dos americanos tinha um smartphone. Hoje, bem mais de 90% possuem. Quando iniciamos, muito mais pessoas possuíam ‘aparelhos de rádio’ em suas casas ou em seus locais de trabalho e, claro, ninguém tinha sequer ouvido falar de um alto-falante inteligente", diz o comunicado.
Infográfico da Edison Research com a divisão de consumo entre todos os formatos de áudio
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Qual a razão de olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
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Com informações da Edison Research e do portal Inside Radio
Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.