O Rádio Hoje | Rádio AM-FM segue forte entre jovens da Geração Z nos Estados Unidos, aponta pesquisa Share of Ear

O tudoradio.com publicou na manhã desta quarta-feira (7) um panorama do relatório “Share of Ear” da Edison Research para o 2º trimestre de 2024, que foi analisado na última edição de "The Record" da Nielsen. No relatório, o rádio mantém seu domínio o áudio suportado por anúncios em todas as principais demografias. Em outro levantamento, a pesquisa Share of Ear analisou os hábitos de escuta de áudio dos jovens de 13 a 22 anos, a chamada Geração Z.

A Geração Z, conhecida por ter crescido com uma ampla variedade de opções de entretenimento, mantém o rádio AM-FM como uma parte importante de seu consumo de áudio. Embora as plataformas de áudio sob demanda, como Spotify e YouTube, tenham ganhado popularidade, o rádio tradicional continua a ser uma presença relevante no dia a dia dos jovens. 

O Spotify e o YouTube têm uma presença dominante, com 22% e 23% de participação no consumo de áudio, respectivamente. No entanto, o rádio AM/FM representa 20% desse consumo, destacando que a Geração Z valoriza o rádio tradicional.

A inclusão de podcasts no consumo de áudio dos jovens aumenta ainda mais a presença das plataformas digitais. Com a escuta de podcasts, a participação do Spotify sobe para 24%, enquanto o YouTube chega a 28%, tornando-se uma plataforma popular para a descoberta de podcasts entre o público jovem.

+ Rádio tem ampla liderança no tempo dedicado ao consumo de áudio com anúncios

Apesar de estar atrás das plataformas digitais em termos de tempo total de escuta, o rádio AM/FM continua a oferecer muitas oportunidades de engajamento com a Geração Z. A Edison Research aponta que 53% dos jovens de 13 a 34 anos sintonizam o rádio diariamente, e 56% dessas escutas acontecem no carro, demonstrando a importância do rádio no cotidiano dos jovens.

O rádio AM/FM supera a televisão aberta em alcance entre o público jovem. De acordo com o Relatório Total de Audiência do segundo trimestre de 2023 da Nielsen, o rádio atinge semanalmente 81% dos indivíduos entre 18 e 49 anos, comparado aos 61% da televisão. Essa mudança é acentuada por uma queda significativa na audiência da TV entre os jovens de 18 a 49 anos, que tiveram uma redução de 28% no alcance e 56% no tempo de visualização diária.

E o rádio AM/FM representa 36% de toda a escuta de áudio entre os americanos com 13 anos ou mais, enquanto a música por streaming aumentou sua participação para 20% em média, igualando-se ao tempo que a Geração Z dedica ao rádio.

No Reino Unido, a audiência do rádio comercial atingiu um pico de 20 anos no primeiro trimestre de 2024, conforme relatado pela Ofcom. Mais de 70% das pessoas com 15 anos ou mais no Reino Unido sintonizam o rádio pelo menos uma vez por semana. Isso sugere que o rádio nos EUA pode seguir um caminho semelhante, explorando novas oportunidades para atrair a Geração Z.

Apesar do aumento das opções de áudio sob demanda, o rádio tradicional é resiliente e segue como uma parte significativa do consumo de áudio da Geração Z. A competição com plataformas digitais é acirrada, mas o rádio ainda desempenha um papel relevante, especialmente através de escutas no carro e da integração com podcasts e outras formas de conteúdo digital.

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E por qual razão olhar para lá fora?

O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.

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Com informações do Radio Ink