O Rádio Hoje | Movimentações para novas gestões de FMs a partir de São Paulo indicam momento positivo do rádio brasileiro

Duas notícias publicadas na semana passada contribuíram diretamente para mostrar ao mercado a viabilidade do rádio como um negócio rentável. Além de uma série de números positivos sobre o consumo do meio no Brasil e em outros países, os planos de expansão do Grupo Camargo de Comunicação (GC2) por meio da aquisição da Transamérica e a possível entrada da Forbes no mercado de rádio de São Paulo foram considerados dois fortes indicativos de como o veículo vive um momento único no país.

Na segunda-feira da semana passada (3), foi confirmada a ampliação da atuação do GC2, responsável por estações como Alpha FM 101.7, 89 FM A Rádio Rock 89.1 e Rádio Disney FM 91.3, por meio da aquisição das emissoras próprias da Rede Transamérica, processo que ainda aguarda confirmação pelo Cade. De acordo com executivos ligados ao setor e também ao mercado publicitário, esse movimento foi recebido como um recado de que o meio tem ótimas perspectivas futuras como negócio, tendo como foco a fácil integração das atividades no dial com iniciativas digitais.

E, na sexta-feira passada (7), o tudoradio.com publicou uma apuração sobre o possível destino da Musical FM 105.7 de São Paulo, tradicional estação que teve sua operação alterada nesse mesmo dia, quando assumiu uma grade provisória no formato adulto-contemporâneo. De acordo com o que apurou o portal, a Forbes, publicação especializada em economia e negócios, estaria envolvida no novo projeto. A possibilidade também foi tratada como mais um sinal positivo do momento vivido pelo rádio no Brasil.

”Os recentes movimentos no mercado de rádio comprovam a solidez dessa mídia também para investidores. O rádio segue resiliente, mantém credibilidade, cresce com as novas tecnologias e gera grandes resultados comerciais. Enquanto outras plataformas, como sistemas de busca e veículos impressos, enfrentam incertezas, o rádio se consolida como um negócio atrativo e adaptável às mudanças.”, afirma Fernando Morgado, consultor de emissoras e colunista do tudoradio.com.

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São várias as notícias de grandes grupos de comunicação e também de outras atividades econômicas entrando no mercado de rádio em diferentes praças do Brasil, o que ajuda a profissionalizar ainda mais o setor, segundo fontes ouvidas pela redação do tudoradio.com. Movimentos recentes de investimento feitos por marcas como a Novabrasil FM, que passou a contar com uma nova sede, novo posicionamento de marca e anúncio de novos profissionais, além dos recentes resultados positivos observados em marcas como Antena 1, Jovem Pan, entre outras, também são termômetros importantes sobre o momento positivo do setor no país.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o Grupo Bandeirantes ampliou sua atuação no rádio ao inaugurar a Band FM 91.1. Notícias de grupos regionais avançando no setor de rádio, como o caso do Grupo ND em Santa Catarina, que implantou a Alpha FM 91.3 em Florianópolis, aquisições da RIC no Paraná, incluindo a recente entrada da Rádio Banda B FM 79.3 AM 550 no conglomerado, implantação da Nova Sertaneja FM 94.5 em Belo Horizonte por um grande grupo do interior mineiro, nova gestão da Tempo FM 103.9 de Fortaleza, crescimento de redes nacionais de diferentes formatos, entre outros pontos, contribuem para essa impressão positiva por parte do mercado.

"Quando a televisão chegou, falou-se na morte do rádio. Quando a Internet se consolidou, também falou-se na morte do rádio. O fato é que os investimentos milionários noticiados nos últimos dias, realizados em emissoras de diversas praças, mostram que o rádio está realmente ainda mais fortalecido e atualizado, contando com numeroso público fiel. O rádio é rápido e prático, algo que se encaixa na vida agitada nos grandes centros.", destaca Maurício Viel, jornalista e pesquisador de rádio.

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Vista panoramica da região da Avenida Paulista, lar da maioria das FMs de São Paulo / crédito: depositphotos.com