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Quinta-Feira, 20 de Janeiro de 2022 @

O rádio precisa estar mais próximo da indústria automobilística

Relação natural entre os dois setores precisa ser reforçada no Brasil para que o rádio não corra o risco de contar com surpresas desagradáveis, como um receptor de FM de menor qualidade

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É inegável que o carro é um grande aliado do rádio. E essa parceria não vem de hoje e também não é algo exclusivo do Brasil. Recentemente, o tudoradio.com repercutiu um levantamento que mostra como essa parceria tende a continuar, independente do incremento da oferta de mídia nos veículos: nos EUA, quase 90% dos compradores de automóveis querem um receptor de rádio como equipamento padrão. E as vantagens que o rádio traz para motoristas e passageiros são várias, mas nesta coluna eu quero chamar a atenção para uma necessidade brasileira: o rádio precisa estar mais próximo da indústria automobilística.

Em praticamente todas as falas dos engenheiros da NAB (National Association of Broadcasters, a associação norte-americana), os profissionais destacam a importância dos carros para o meio rádio, como os receptores têm evoluído e todos os experimentos realizados em conjunto com as montadoras. E são várias as iniciativas: aprimoramento do rádio digital, criação e disponibilidade do rádio híbrido (que mistura os mundos on e offline), como uma estação de rádio deve explorar recursos que estão nos novos receptores automotivos, etc. Inclusive as montadoras costumam expor soluções (incluindo veículos) na feira da NAB Show. E não é diferente na Europa, com destaque para a WorldDAB e também o rádio híbrido.

Ok, e aqui? A relação é boa e acontece de forma natural. Não raro é ver uma foto de um novo modelo de carro onde o display da central multimídia aparece uma FM sintonizada. Isso ocorre mesmo em propagandas onde o carro apresentado dispõe de "cacarecos" como Apple CarPlay e Android Auto. Aliás, "cacarecos" são aqueles algo a mais de tecnologia e opcionais no carro que você vive bem sem eles até ter acesso a um desses ítens. 

Os receptores automotivos que vem originalmente com os veículos são geralmente bons para se ouvir rádio. E normalmente são padronizados com os modelos vindos lá de fora, ou seja, a chance do motorista brasileiro que possui um Chevrolet ter o mesmo receptor de FM analógico de um motorista norte-americano é imensa. E todos esses novos receptores vem com o RDS (Radio data System) como algo básico, tornando o rádio mais atraente (caso a emissora use bem o serviço, conforme apelo dos engenheiros da NAB e insistências nossas em artigos no tudoradio.com).

Porém, movimentos estranhos podem acontecer caso o rádio não esteja atento. Eu particularmente sempre fui fã dos receptores automotivos da Volkswagen. Aliás, o modelo atual que também é usado na América do Norte e na Europa (está em modelos como Polo, Virtus, Jetta, Tiguan, Amarok, entre outros) tende a atrapalhar a nossa organização das listagens de dials AM/FM de tão bom que ele é: se eu ficar atento apenas à recepção ocorrida nesse rádio do carro, possivelmente vou indicar rádios para uma cidade que talvez não costumam alcançar tal localidade, tamanha a seletividade e sensibilidade do FM da Volks. 

Mas a versão brasileira do VW Play não é bem assim, ela que vem em modelos como o Nivus: bom para quem anda na estrada, distante das FMs. Péssimo para quem entrou com o carro na região da Paulista: você vai ter problemas na Consolação para ouvir rádios que estão do lado do Paraíso, e vice-versa. Já a versão gringa do receptor da mesma montadora você ouve perfeitamente as rádios locais e ainda, se for doido por escutas, ainda consegue beliscar um sinal vindo do interior em plena Avenida Paulista (não falo das rádios do Japi, em Jundiaí. Falo de sinais originados bem mais longe do que esses). Também é perceptível a diferença na qualidade de áudio do FM no receptor brasileiro da montadora na comparação com outros formatos de mídia, com o rádio sendo algo inferior. Isso não ocorre no receptor gringo.

O outro ponto é a demora no surgimento do FM estendido. Não é o caso da Volkswagen, que todos os modelos de receptores atuais começam em 76 MHz. Mas observamos alguns modelos da FIAT / Jeep que demoraram para aparecer a nova faixa, inclusive em carros comercializados em 2020 e 2021. Felizmente a maioria está disponibilizando o novo canto do dial FM e, sejamos justos, até a nossa redação recebeu consultas de engenheiros de montadoras sobre o FM estendido bem antes dele ser ativado, isso lá por 2014 (se não me falha a memória).

Tudo isso para descrever que o setor precisa ficar atento a qualquer movimentação estranha nessa área e relembrar o setor automotivo que essa relação entre meio rádio e montadoras é algo muito positivo e desejado pelo público consumidor. Não faltam dados que comprovam como esse casamento é perfeito. E como os dois setores podem caminhar juntos em diferentes frentes de evolução da oferta de mídia em veículos.


Exemplos de diferentes rádios automotivos / Exposição durante a NAB Show 2018 - crédito: tudoradio.com


Área de exposição dos receptores de rádio ao lado dos automóveis, na NAB Show 2019 - crédito: tudoradio.com


Receptor da Mercedes em exposição na NAB Show 2019 - crédito: tudoradio.com

 

Tags: Rádio, carro, automóveis, RDS, indústria, movimento, tendências, tecnologia, FM

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Colunista
Daniel Starck

Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.










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