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Quão importante é para uma estação de rádio FM ter o serviço de RDS ativo, que exibe o nome da estação e outras informações sobre a rádio?

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Terça-Feira, 04 de Novembro de 2025 @ 06:43

Carros sem CarPlay? Segundo The Atlantic, indústria automotiva trava disputa silenciosa contra Apple

São Paulo - Decisão da GM reforça tendência de montadoras apostarem em sistemas próprios e criarem novas formas de receita com recursos antes gratuitos

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A decisão da General Motors de eliminar o suporte ao Apple CarPlay e Android Auto em novos veículos acende um alerta sobre os rumos tecnológicos do setor automotivo. A medida, que já vinha sendo implementada nos modelos elétricos da montadora, foi oficializada recentemente e é vista por especialistas como uma ruptura significativa na experiência de conectividade dos motoristas. Segundo artigo publicado por Patrick George, editor-chefe do site InsideEVs, na revista The Atlantic, a indústria automotiva vive atualmente “uma guerra fria contra a Apple”. E o rádio precisa ficar atento a isso, pois foi vítima de um movimento inesperado da Tesla na retirada do FM nos modelos de entrada da montadora, além da necessidade de o setor ter que acompanhar cada movimentação das montadoras de forma individual.

Para o autor, em artigo publicado nesta segunda-feira (3), o CarPlay — que projeta a interface simplificada do iPhone na central multimídia dos carros — “tornou dirigir menos miserável” e hoje é considerado essencial por grande parte dos consumidores. Mesmo assim, a GM optou por seguir um caminho próprio: “Remova um recurso, como o leitor de CD em um notebook, e as pessoas eventualmente se adaptam e seguem em frente”, justificou a empresa, citada no artigo. O mesmo deve ocorrer com o Android Auto.

A substituição do CarPlay por um sistema proprietário da montadora parece estar diretamente ligada a uma nova estratégia de monetização. O software nativo da GM oferece aplicativos como Spotify e HBO Max e, em breve, contará com assistente de voz baseado no Google Gemini. Contudo, há limitações: “Não é o CarPlay”, enfatiza George, destacando a ausência de apps da Apple, como Podcasts e Apple Music.

Outro ponto sensível citado no artigo é a dependência de um plano de dados próprio para uso completo do sistema da GM, com valores a partir de US$ 10 por mês. “Acostume-se com esse tipo de assinatura, independentemente de qual carro você dirige”, escreve o jornalista, ao apontar que a indústria automobilística descobriu um novo filão de receitas baseado em serviços digitais embarcados.

O movimento da GM é acompanhado por outras fabricantes. Marcas como Toyota já bloqueiam alguns recursos de navegação atrás de paywalls. A francesa Renault, por sua vez, teria sido mais direta com a Apple: “Não tente invadir nosso sistema”, teria declarado um executivo, segundo Patrick George.

Para ele, a batalha não é apenas por controle de software, mas por território. “É uma guerra de território, e o carro é o imóvel”, afirmou Craig Daitch, analista da indústria automotiva e ex-executivo da GM, também ouvido na matéria. Nesse contexto, empresas como Tesla e Rivian já se posicionaram contra o uso do CarPlay desde o início, alegando maior controle sobre seus sistemas embarcados.

George encerra o artigo com um alerta aos entusiastas da Apple: “Os dias de glória do CarPlay podem estar contados”. Para o autor, o futuro aponta para um cenário em que os recursos dos veículos estejam cada vez mais atrelados a cobranças recorrentes, como acontece com serviços de streaming. “Prepare-se para ver a tecnologia do seu carro como mais uma linha na fatura do cartão de crédito, ao lado da assinatura da Netflix.”

Montadoras rejeitam big techs para buscar experiências próprias em seus multimídias; rádio pode se beneficiar

O rádio precisa ficar atento ao movimento da indústria automotiva

A decisão da GM de retirar o suporte ao Apple CarPlay e Android Auto escancara uma disputa estratégica entre montadoras e big techs. Enquanto as fabricantes buscam maior controle sobre a experiência nos painéis multimídia, reforçando sua identidade de marca, a presença de plataformas externas como o CarPlay dificulta essa personalização. Esse movimento, porém, vem acompanhado de impactos diretos para o rádio, que precisa monitorar a forma como será incorporado — ou excluído — nesses novos sistemas.

Pesquisa destaca aumento do interesse em anúncios visuais nos receptores de rádio automotivos

Mesmo quando as montadoras optam por soluções próprias, a presença do rádio FM costuma ser mantida, seja como parte da conectividade via CarPlay, seja por integração nativa. Essa abordagem amplia o alcance do meio e reforça sua importância no ecossistema veicular. Dados recentes apontam que o desejo dos consumidores por sistemas como CarPlay e Android Auto permanece alto: uma pesquisa da J.D. Power revelou que cerca de 80% dos entrevistados consideram esses sistemas fundamentais na hora da compra.

Além da conveniência e das funcionalidades hands-free, os usuários destacam a segurança proporcionada por essas plataformas. Elas evitam o manuseio direto do celular, o que reduz distrações e o risco de furtos — aspecto relevante especialmente em países como o Brasil. A demanda por esses sistemas é tão alta que muitos motoristas consideram instalá-los mesmo em veículos que não saem de fábrica com essa tecnologia.

O rádio continua sendo peça central na experiência embarcada e sua presença em sistemas modernos como o CarPlay pode ajudar a ampliar o consumo digital do meio. O tudoradio.com, por exemplo, já adaptou seu app agregador para funcionar com o CarPlay, oferecendo uma experiência de áudio via streaming diretamente nas telas dos automóveis compatíveis. Ainda assim, a adoção plena desses sistemas depende da adesão das montadoras — ponto que segue indefinido no cenário atual.

E a exclusão do rádio FM nos modelos mais acessíveis da Tesla reforça esse cenário de incertezas. Conforme noticiado pelo tudoradio.com, a montadora norte-americana passou a comercializar veículos elétricos sem o receptor de FM, mesmo diante do histórico de uso intenso do rádio no ambiente automotivo. A medida ignora um hábito consolidado dos motoristas e acende o alerta para outras marcas, especialmente em um momento em que cresce a cobrança por soluções que preservem a acessibilidade e a diversidade de conteúdo dentro dos carros.

No Brasil, não há um movimento semelhante de retirada da recepção de rádio FM em automóveis, apesar de a banda AM já estar ausente em vários modelos, principalmente os importados. A Tesla não possui operação comercial no país, e quem tem influenciado as decisões sobre os veículos elétricos são as montadoras chinesas, que expandem rapidamente sua presença no mercado brasileiro. Nesse caso, segundo mapeamento do tudoradio.com, não foi observada ausência de recepção de rádio FM. Pelo contrário, as indicações apontam para um aprimoramento das experiências relacionadas ao FM nos novos veículos.

Mesmo assim, existem pontos de atenção, como a redução da qualidade de recepção do FM em modelos mais recentes da Volkswagen no Brasil, conforme relatado pelo tudoradio.com. De acordo com reportagem publicada pelo portal, houve queda perceptível na qualidade do sinal FM após a adoção do sistema multimídia nacional VW Play, que não utiliza integralmente as funções de RDS, diferentemente do que ocorre nos modelos da montadora na Europa.

Artigo "Futuro próximo do rádio une ferramentas e ações que priorizam a experiência do ouvinte", por Daniel Starck


CarPlay executando o App Tudo Rádio em um veículo automotivo

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Tags: carros conectados, Apple CarPlay, indústria automotiva, General Motors, tecnologia veicular, sistemas embarcados, assinatura digital, futuro da conectividade automotiva

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Daniel Starck
  • Daniel Starck – Jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com, maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão, com mais de 20 anos no ar. É formado em Comunicação Social pela PUC-PR e teve passagens por emissoras como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital do rádio, com participação em eventos promovidos por entidades como SET, AESP, AMIRT, ACAERT, ASSERPE, AERP e MidiacomPB. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com foco em aplicativos, mídia programática, novos devices, inteligência artificial, sites e streaming. LinkedIn


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