Pesquisa aponta que rádio segue estável e dominante no consumo de áudio nos Estados Unidos

Um novo estudo da FMR Associates e Eastlan Ratings revela que o rádio continua sendo um dos principais meios de consumo de áudio nos Estados Unidos, com 85% dos adultos entre 25 e 64 anos sintonizando semanalmente. O levantamento, que analisou hábitos de escuta de 1.500 pessoas, reforça a estabilidade da audiência do rádio nos últimos três anos. O novo número colabora com outras pesquisas, que seguem confirmando o bom desempenho do meio no mercado norte-americano.

Apesar de uma leve queda de um ponto percentual em relação a 2024, o AM/FM mantém a liderança entre as plataformas de áudio, seguido pelo streaming (65% de alcance semanal), coleções pessoais de música (52%) e rádio via satélite (16%). Nos 30 maiores mercados do país, o streaming apresenta uma participação um pouco maior, com 67% de alcance, enquanto em cidades menores o rádio tradicional domina com 71% da fatia de escuta.

Crescimento do podcast não afeta o rádio

Uma das mudanças mais significativas apontadas pela pesquisa é o aumento expressivo do consumo de podcasts. A audiência semanal desse formato saltou para 39%, comparado a 24% em 2024 e 25% em 2023. No entanto, esse crescimento não impactou negativamente o rádio, o streaming ou o rádio via satélite, contribuindo, na verdade, para uma ampliação do tempo total dedicado ao consumo de áudio.

A pesquisa também analisou as preferências dos ouvintes em relação a intervalos comerciais. Os entrevistados se dividiram entre os que preferem menos pausas publicitárias, mas mais longas, e os que optam por interrupções mais frequentes e curtas. No segmento de rádios esportivas, há uma preferência por intervalos mais curtos, enquanto ouvintes de rádios musicais em grandes mercados tendem a aceitar pausas mais longas e menos frequentes.

Rádio mantém força no carro e no ambiente de trabalho

Os dados da FMR/Eastlan estão alinhados com levantamentos recentes da Edison Research, que apontam que o rádio é responsável por quase 90% da audiência em veículos, mais da metade do consumo de áudio apoiado por publicidade em casa e quase dois terços da escuta no ambiente de trabalho. Além disso, o streaming das emissoras AM/FM lidera a escuta em smart speakers, com 43% da participação no segmento de áudio financiado por publicidade, superando os serviços de streaming de música.

O levantamento também destacou diferenças geracionais no consumo de áudio. A Geração Z divide seu tempo de escuta quase igualmente entre rádio, streaming e podcasts. Já os Millennials destinam 48% da sua audiência ao rádio, enquanto a Geração X e os Baby Boomers continuam sendo os públicos mais fiéis ao meio, dedicando, respectivamente, 64% e 69% do tempo de consumo de áudio a emissoras tradicionais.

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E por qual razão olhar para lá fora?

O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.

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Com informações do Radio Ink