O Rádio Hoje | Share of Ear: Streaming registra sua maior participação no total da audiência de rádio nos Estados Unidos

O streaming de rádio continua crescendo em todo o planeta. Nos Estados Unidos, onde o alcance de rádio segue acima dos 90% da população segundo levantamentos recentes da Nielsen, a parcela do áudio ao vivo on-line das estações avançou novamente na composição da audiência. Em resumo, o streaming corresponde a 17% do total do consumo de rádio entre pessoas de 25 a 54 anos, valor que é o dobro da participação observada entre 2016 e 2017, sendo também 11% maior do que foi observado entre 2019 e 2020. Os dados são da Edison Research, sendo mais uma descoberta observada na atualização do Share of Ear, relativo ao terceiro trimestre de 2022.

O percentual de 17% para o streaming no total da composição de consumo de rádio nos Estados Unidos é um valor recorde. E esses valores mudam conforme a faixa etária e o sexo. Com esses dados em estudo, Pierre Bouvard, diretor de insights da Cumulus Media/Westwood One Audio Active Group, destacou que entre o público de 25 a 54 anos, do sexo masculino, essa participação do streaming já está em 23%, contra 77% para o dial AM/FM. Detalhe: em 2017, mesmo período, essa participação do áudio on-line das estações para esse público era de apenas 8%.

“Definitivamente, é hora de um anunciante ou agência adicionar streaming AM/FM aos planos de mídia”, afirmou Pierre Bouvard em sua análise, publicada no site Westwood One, relativo ao Share of Ear. O executivo chama a atenção para o descompasso entre a realidade de consumo do streaming de rádio entre o público e a percepção do mercado publicitário. “Há uma grande desconexão entre as percepções do anunciante da agência e a realidade. A percepção é sombreada pela experiência pessoal. Os tomadores de decisão da mídia precisam tirar o 'eu' da mídia”, diz Bouvard.

Pierre bate na tecla sobre o planejamento de mídia em áudio digital tendo como base que o rádio é o maior responsável pela presença de anúncios nesse tipo de mídia. O levantamento Share of Ear confirma a tendência já observada em levantamentos anteriores: o público de streaming de pessoas de 25 a 54 anos do rádio AM/FM é 20% maior do que o Spotify e o Pandora combinados, quando o assunto é publicidade em áudio. Em comparação com o terceiro trimestre de 2017, enquanto a parcela de streaming AM/FM de áudio suportado por anúncios para a faixa etária 25-54 dobrou de 6% para 12%, o Pandora suportado por anúncios caiu de 10% para 6%, enquanto o Spotify aumentou ligeiramente de 3% a 4%.

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De destaque, é possível observar que são os homens que estão impulsionando o consumo de áudio digital das emissoras, com um rápido crescimento nos Estados Unidos, enquanto a divisão entre os dois formatos (transmissão terrestre e o streaming) para as mulheres está praticamente estável. Também foi possível perceber que os homens estão consumindo mais conteúdos falados, enquanto a preferência maior das mulheres pela música é bem superior. Veja a divisão no quadro abaixo:

Divisão por conteúdo de rádio entre transmissão terrestre e o streaming, separados por sexo / Crédito: Westwood One - com dados do estudo Share of Ear / Edison Research

O mais recente “Share of Ear”, realizado pela Edison Research, pesquisou o consumo de 4.000 americanos, medindo o alcance diário e o tempo gasto para todas as formas de áudio. 

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E por qual razão olhar para lá fora?

O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.

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Com informações do blog da Westwood One, Share of Ear e do portal Inside Radio