Segunda-Feira, 20 de Maio de 2024 @ 07:01
São Paulo - No total, rádio alcança 89% da população do Reino Unido, ou seja, quase 50 milhões de pessoas
Os resultados do RAJAR para o primeiro trimestre de 2024 revelaram que a audiência de rádio online ultrapassou as transmissões AM e FM pela primeira vez. O alcance semanal combinado de todas as emissoras, considerando todas as formas de se ouvir rádio no Reino Unido atingiu um recorde de 49,9 milhões de ouvintes, representando 88,6% da população adulta. A escuta online atingiu 27,8%, superando a escuta analógica que ficou em 27%. A escuta via smart speakers continua a crescer, alcançando 16,6% do total de ouvintes, um aumento de 19% em relação ao ano anterior. E a maior parcela de audiência está no rádio digital terrestre, ou seja, pelo DAB+. Acompanhe os destaques:
De acordo com a medição mais recente da Rajar, que foi repercutida pelos veículos especializados em mídia, o alcance total do rádio no Reino Unido cravou um recorde de 49,9 milhões de ouvintes, representando 88,6% da população adulta (a partir de 15 anos). Em média, um ouvinte sintoniza 20,5 horas de rádio ao vivo por semana.
Agora a novidade: a escuta online, ou seja, de emissoras via streaming, representou 27,8% do total, ultrapassando pela primeira vez a escuta analógica (AM e FM), que ficou em 27%. Este aumento é impulsionado pela facilidade de acesso ao rádio via internet, seja por meio de sites, aplicativos móveis ou serviços de streaming, segundo a mídia especializada.
Vale destacar que o rádio do Reino Unido é talvez o maior exemplo de adaptação do meio às novas tecnologias e mudanças nos hábitos de consumo de uma população cada vez mais conectada.
A escuta de rádio em dispositivos móveis, como smartphones e tablets, também teve um aumento significativo. Atualmente, 22,3% da população adulta escuta rádio através desses dispositivos, destacando a flexibilidade e conveniência que eles oferecem. Assim como ocorre em outros países, há o consenso de que esse é um campo que pode ser ainda mais explorado, pois o imenso universo de dispositivos como smartphones na população permite uma expansão ainda maior desse tipo de consumo de rádio.
No geral, a Rajar considera que a escuta digital, que inclui DAB (rádio digital), TV digital e online, agora representa 64,2% de toda a escuta de rádio, mostrando uma clara preferência por plataformas digitais em comparação com os métodos tradicionais. Detalhe importante: o rádio via ondas terrestres, captados por um receptor, mas digital (DAB+) é a forma mais popular de se ouvir rádio, com 43% do total. Vale ressaltar que o DAB+ superou o AM/FM analógico em consumo pela primeira vez no último trimestre de 2019.
Outro ponto de destaque que colabora com o streaming é o crescimento de dispositivos inteligentes: a escuta via smart speakers (alto-falantes inteligentes) continua a crescer, alcançando 16,6% do total de ouvintes, um aumento de 19% em relação ao ano anterior. Essa tendência reflete a crescente popularidade de dispositivos como Amazon Echo e Google Home, que permitem aos usuários acessar facilmente estações de rádio e podcasts, mantendo as emissoras populares nas residências: 63% dos usuários de smart speaker utilizam o dispositivo para ouvir rádio e 22% deles fazem isso todos os dias através desse tipo de aparelho.
Em resumo, 44 milhões de adultos, ou 77% da população adulta (15+), sintonizam rádio através de uma plataforma digital (DAB, DTV, Website/App ou Smart Speaker) a cada semana. A divisão total entre os dispositivos e modos ficaram da seguinte forma: DAB (43%), AM/FM (27%), Smart Speaker (17%), Website/Apps (11%) e DTV (3%).
Em uma semana média, a escuta digital totaliza 746 milhões de horas, com o DAB representando 58% dessas horas, Smart Speaker 23%, Website/Apps 15% e DTV 4%.
E sobre os locais de escuta, em uma semana média, a distribuição da localização da escuta semanal é: 62% em veiculos (carro/van/caminhão), 25% em casa e 19% no trabalho/outros locais.
A medição da RAJAR é referente ao primeiro trimestre de 2024.
Levantamento anterior:
> Rádio é ouvido por 88% da população do Reino Unido; DAB+ e Streaming impulsionam o consumo, diz Rajar
Pesquisas mais recentes pelo mundo:
Brasil -> Inside Áudio 2023: Rádio atinge 80% dos brasileiros e mostra sua força publicitária, segundo Kantar IBOPE Media
EUA -> Rádio segue como a mídia de massa de maior alcance nos Estados Unidos
Alemanha -> Rádio segue dominante entre as plataformas de áudio na Alemanha; 93,1% da população escuta o meio
França -> Médiamétrie afirma que 55,635 milhões de pessoas ouvem rádio na França
Suíça -> Diariamente, 72% da população da Suíça ouve rádio
Portugal -> Tempo médio de consumo de rádio ultrapassa 3 horas diárias em Portugal
Austrália -> Rádio australiano alcança níveis históricos de audiência em 2023; Jovens são atraídos pela transmissão digital
E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
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Infográfico com os principais dados da pesquisa RAJAR - 1º trimestre de 2024
Com informações da RAJAR e do portal RadioToday.UK. Colaboração de David Duck
Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.