Estudo destaca força do áudio em cenário de multitarefa midiática

A crescente prática de consumo simultâneo de conteúdos tem redefinido os hábitos de mídia nos Estados Unidos. De acordo com análise da Katz Media Group, com base no relatório Activate 2026 Consumer Technology & Media Outlook, os norte-americanos estão expostos a um volume de mídia diário equivalente a 32 horas — graças ao fenômeno da multitarefa. Nesse cenário, o áudio desponta como um dos formatos mais resilientes e eficazes.

Segundo o estudo, o diferencial do áudio está no fato de não competir pela atenção visual. Pelo contrário: ele se adapta a momentos em que outras mídias não alcançam, como durante o trabalho, em deslocamentos, na prática de exercícios físicos ou em tarefas domésticas. A média diária de escuta é de 2 horas e 49 minutos, representando 21% do tempo total dedicado a mídias e tecnologia.

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Os dados apontam que 72% dos consumidores realizam multitarefa sempre, quase sempre ou na maioria das vezes enquanto ouvem música. O índice é seguido por podcasts (62%), uso de redes sociais (55%), vídeos (49%), videogames (45%) e leitura (32%). Isso reforça a capacidade do áudio de se integrar à rotina do ouvinte sem a exigência de atenção exclusiva, diferente de outras plataformas.

Outro levantamento, realizado em 2023 pela Pocket FM, já havia indicado que 90% dos norte-americanos consomem áudio diariamente — em grande parte, jovens que buscam reduzir o tempo de tela. Mesmo com o uso de dispositivos com tela, o áudio se destaca como uma mídia “sempre ativa”.

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O relatório destaca ainda o chamado “efeito multiplicador de tempo”: ao acumular atividades, o áudio ganha mais oportunidades de engajamento, ampliando a presença das marcas durante diversos momentos do dia — seja em casa, no trabalho ou em movimento. A conexão pessoal com locutores, playlists e emissoras também reforça a efetividade do formato como canal publicitário em um ambiente de atenção fragmentada.

E por qual razão olhar para lá fora?

O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.

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Com informações do Radioink